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Zaeli admite caos em VG e confirma déficit de R$ 3,5 mi (Atualizada)

04 Mar 2011 - 11:20

Da Redação - Julia Munhoz e Alline Marques

Foto: Alline Marques/OD

Madureira e Zaeli durante transmissão de cargo

Madureira e Zaeli durante transmissão de cargo

A transmissão de cargo ao novo prefeito de Várzea Grande realizada na manhã desta sexta-feira (4) foi ‘recheada’ de revelações e desabafos. O vice-prefeito afastado, Tião da Zaeli (PR), que administrava a cidade interinamente, afirmou que o Executivo Municipal está um caos e acumula mensalmente um déficit de R$ 3,5 milhões.


O empresário, afastado pela Câmara de Vereadores juntamente com o prefeito Murilo Domingos (PR), disse ainda que a dívida do Pronto-Socorro Municipal ultrapassa os R$ 30 milhões e o Departamento de Água e Esgoto deve R$ 49 milhões.

Ele explicou que diante de tantos números negativos, a prefeitura de Várzea Grande não tem condições sequer de comprar brita para executar obras na cidade, que está com as ruas destruídas devido à enorme quantidade de buracos. Além disso, Zeli denunciou também que 10% dos funcionários da prefeitura não comparecem ao trabalho.

“Mas isso tudo não é grave, o que é grave é que estou a dois anos gritando por socorro e não sou ouvido. Não vou carregar uma carga que não é minha”, desabafou Zaeli, em coletiva realizada durante a transmissão de cargo de prefeito ao vereador João Madureira (PSC), presidente da Câmara.

Zaeli ainda elogiou a atitude dos parlamentares que nesta semana instalaram uma Comissão Processante de Investigação para apurar irregularidades na gestão de Murilo Domingos. Ele também pediu que os novos gestores não deixem Várzea Grande voltar a ser o que era.

O vice-prefeito afastado aproveitou a oportunidade para destacar algumas de suas ações realizadas tanto como secretário de Educação, quanto na Infraestrutura, e até mesmo como prefeito.

Zaeli lembrou das demissões de 118 'funcionários fantasmas' da Educação, além de outras 87 exonerações na pasta de Infraestrutura. Ele contou ainda que chegou a sofrer ameaças por enfrentar algumas empresas e romper alguns contratos milionários na Prefeitura. Segundo o republicano, duas empresas responsáveis por realizar os trabalhos de tapa-buraco foram retiradas e quem faz as obras atualmente são os garis da cidade.

"O gari que faz o tapa buraco e pontes, faz ruim, mas igual da empresa que realizada o trabalho e pelo menos economizo R$ 300 mil. Tenho tentado enxugar os gastos e é claro que isso incomoda muita gente, afinal alguem recebe esse dinheiro", enfatizou.

Outra medida adotada por Zaeli que revoltou alguns servidores foi o fato de trancar os carros da Prefeitura. "Isso aqui era o samba do crioulo doido. No final de semana tinha carros na Chapada, em festa, em tudo quanto é lugar. Tive que tomar uma medida radical, recebi ameaças, mas hoje economizamos quase R$ 100 mil com combustível", justificou.

O empresário fez questão de ressaltar que não pediu para ser vice e, em 2008, foi procurado até mesmo pelo senador Blairo Maggi (PR), governador na época, para entrar na política. "Estou saíndo de cabeça erguida e do mesmo tamanho que entrei. Quero lembrar que não pedi para ser vice, mas fui procurado por pessoas idôneas, como o governador da época, e agora passo por este constrangimento", desabafou.

Atualizada às 12h40
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