Apesar de ter assinado o ato de apoio à fundação do Partido Social Democrático (PSD) nesta quarta-feira (13), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP), ainda quer conversar com sua base antes de definir a mudança. No entanto, já tem a expectativa de levar com ele um grupo de 80 aliados, dentre eles, quatro deputados estaduais, prefeitos e vereadores. O progressista irá se reunir com o grupo ainda esta semana para fechar as discussões sobre a mudança de legenda.
O deputado esteve em Brasília para dar apoio ao partido e já recebeu sinal verde do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), para coordenar o processo de fundação do PSD em Mato Grosso e agora deverá organizar uma debandada de políticos de diversas legendas.
“O Kassab já garantiu o compromisso conosco e deu sinal verde para eu coordenar este movimento em Mato Grosso, mas antes vou fazer uma reunião com um grupo para definir a nossa ida”, destacou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (12).
Segundo o parlamentar, já está definida a ida dos deputados federais Eliene Lima, licenciado para comandar a Secretaria de Estado de Ciências e Tecnologia (Secitec), Roberto Dorner e Neri Geller. Ele adiantou que mais quatro deputados estaduais devem seguir para o PSD, mas preferiu não citar nomes até fechar as negociações.
Os parlamentares federais participarão do ato de apoio da fundação do PSD, marcado para esta quarta-feira (13) em Brasília. Riva não confirmou presença devido à agenda lotada, mas não descartou a possibilidade de seguir para a capital federal.
"Não podemos dar certa nossa filiação ao PSD, ãté porque ele precisa reunir 500 mil assinaturas para que ele seja fundado. O que fizemos foi assinar apoio ao partido. Além disso, não poderia sair do PP sem conversar com nosso as aliados nas bases e faço isso em dois ou três dias", afirmou em discurso na sessão da Assembleia na noite de hoje.
Riva também faz questão de reforçar que não tem problemas com o PP e negar descontentamento. Para ele a vantagem de seguir para o PSD é a possibilidade de juntar aliados de outras legendas num só partido.
“É muito comum construir divergência, mas não existe. Questionam então porque estou procurando um novo partido. É porque é uma oportunidade única de unir companheiros que estão espalhados em outras siglas e que gostariam de vir conosco, mas a legislação impede. Tenho prefeitos que me apoiaram no PSDB, PPS, PSB, DEM, PMDB e em muitas outras siglas. Com este novo partido poderemos juntar todos eles. Hoje dificilmente teria essa oportunidade dentro do PP”, justificou.
Riva fez questão de enaltecer o trabalho do presidente do PP, Pedro Henry, e garantiu que tem mantido diálogo com ele e outras lideranças da sigla progressista. Apesar de promover uma debandada de lideranças para o PSD, o deputado nega o esvaziamento no PP e aposta na força de articulação de Henry.
