Dando sequencia no projeto de tornar os presídios de Mato Grosso em unidades produtivas, o governo do Estado já estuda proposta de uma empresa que beneficia Castanha do Pará, para implantar uma linha de produção no Presídio Ferrugem, em Sinop – unidade carcerária com cerca de 600 reeducandos. A confirmação foi feita, ao
Olhar Direto, pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, desembargador Paulo Lessa.
“Uma empresa que atua com quebra e embalagem de castanhas está interessada em colocar no Ferrugem, uma linha de produção que vai empregar até 500 reeducandos. A parceria prevê treinamento da mão de obra, fornecimento do uniforme e da alimentação no horário de trabalho”, informou o secretário.
No mês de maio, o governo assinou um protocolo com uma empresa de colchões, para instalar uma fábrica na Penitenciária Central do Estado, com capacidade de produzir 210 mil colchões por ano. “Para esta, o prazo para entrar em funcionamento é de um ano e creio que até o começo de 2012 já deve estar operando, empregando 300 reeducandos”, disse.
A Penitenciária Central será o primeiro presídio produtivo em grande escala de Mato Grosso. Lessa disse que, a cada três dias trabalhados, o reeducando elimina um dia da pena. Assim reduz tempo de detenção e, ao voltar à sociedade, ele já está qualificado para entrar no mercado de trabalho. “Essa é a grande preocupação do governo, diminuir o índice de reincidência que atualmente gira em torno de 65%”.
O secretário também já está conversando com interessados em implantar sistema produtivo na penitenciária de Rondonópolis. Paulo Lessa garante que este modelo de presídio produtivo é o primeiro do Brasil e vai servir de base para outras unidades da federação. “A implantação do presídio produtivo demonstra a preocupação do governo em humanizar o sistema penitenciário”, finalizou.
Foto: Ohar Direto
Secretário de Justiça Paulo Lessa articula indústrias para presídios em Mato Grosso