A polêmica sobre a mudança no critério para definir o campeão da temporada de 2009 na Fórmula 1 continua causando discórdias no mundo do automobilismo. Hoje, o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, repudiou as alterações da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para este ano e classificou as medidas como 'absurda, grave e perigosa'.

"Creio que isso é verdadeiramente um absurdo, grave e perigoso que a uma semana do início do primeiro GP, a F-1 se encontre em uma situação deste tipo. Isso é muito negativo para a credibilidade da categoria, para as equipes, os fãs e os patrocinadores", afirmou o presidente da escuderia italiana ao jornal do país Gazzetta dello Sport.

Com mais uma mudança nos últimos anos, Montezemolo ecoou o discurso do espanhol Fernando Alonso, da Renault, que criticou as contínuas alterações nas regras da categoria máxima do automobilismo. "Desejo que exista um clima de responsabilidade entre os dirigentes e que se evitem mudanças seguidas, que geram um desconforto naqueles que trabalham com este mundo", completou.

Pilotos e lendas também criticam novo critério

O discurso do mandatário da Ferrari foi aderido até dentro dos cock-pits. Também nesta quarta-feira, o piloto italiano da Toyota, Jarno Trulli, criticou a FIA pelas mudanças e utilizou um discurso duro para expressar sua opinião.

"Para mim está mudança só tem aspectos negativos, nenhum positivo. Parece que querem matar a Fórmula 1 e que todos tenhamos abandonar a categoria para competir em outros campeonatos", expressou o italiano.

Maior campeão da categoria com sete títulos, o alemão Michael Schumacher se mostrou surpreendido com a alteração da classificação final desta temporada. "Não entendo como essas mudanças podem ajudar a Fórmula 1. Não tem sentido o campeão pontuar menos que o segundo colocado, apesar que isso reforça a posição do vencedor", afirmou Schumacher em seu site oficial.