Com faixas, lonas e carro de som, os servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) montaram acampamento em frente ao prédio do órgão e não saem de lá até que haja um acordo com o governo do Estado. A categoria busca a reestruturação da carreira, fato que não ocorre desde 2000.

Segundo os servidores, a proposta do governo era realizar a incorporação dividida em quatro vezes, começando em 2011 e indo até 2014, porém a sugestão foi recusada pelos funcionários que desde ontem estão em greve.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Entidades Públicas de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sintema), José Benedito de Jesus, explicou que a categoria tenta desde 2007 a reestruturação da carreira, isso porque não houve alteração depois da transformação de federação para secretaria.

Porém, outras categorias foram beneficiadas no ano passado com a reestruturação e os servidores ficaram de fora dos planos do governo. “Várias categorias fizeram greves no ano passado e foram colocadas como prioridade este ano e nós que sempre optamos pelo diálogo fomos esquecido”, argumentou um manifestante.

José Benedito explicou ainda que a categoria recebe uma verba indenizatória, implantada ainda na época do governo de Blairo Maggi e agora busca a incorporação deste recurso no salarial, além de um reajuste de 15%. Porém, a proposta do estado é a incorporação apenas 33% do valor do dinheiro extra.

A Sema é um órgão estratégico para o governo, principalmente para as obras da Copa do Mundo que precisarão de licenciamento ambiental. O presidente do sindicato informou que o secretário de Estado de Meio Ambiente, Alexander Maia, tem ajudado nas negociações, mas até agora não há acordo.