Os médicos que atuam no Hospital Regional (HR) decidiram na última segunda-feira (20) pela manutenção da greve, que se arrasta desde março deste ano por conta da mudança no sistema de gestão da saúde pública pelo Governo do Estado, que consiste na contratação de Organizações Sociais (OS) para gerenciar os quatro HRs existentes em Mato Grosso.

Ao todo, mais de 500 médicos de todo Estado paralisaram os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas por conta da decisão, visto que a medida fere diretamente a principal bandeira de luta da categoria. Os médicos querem a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) específico para os profissionais.

Além disso, os médicos pedem melhorias nas condições de trabalho. Os 52 médicos que trabalham no Hospital Regional de Sorriso também reclamam do não recebimento de horas extras. O atraso chega há cinco meses. “Outro dado que chama a atenção é a redução do número de atendimentos, que chaga a 50%”, destaca o presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Edinaldo Lemos.

De acordo com Lemos, a assessoria jurídica da entidade encaminhará um ofício ao Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que os órgãos competentes tomem as devidas providências.