O fazendeiro Valdemiso Badalotti, considerado pelos órgãos ambientais como o maior desmatador ilegal de 2011, em Mato Grosso, assinou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) visando cessar, adaptar, recompor, corrigir ou minimizar os efeitos de degradação ambiental, em uma área no município de Nova Ubiratã (490 km de Cuiabá). O termo foi publicado no Diário Oficial do Estado que circula hoje.

O documento prevê que Badalotti vai recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP) – quantidade de hectares (ha) não informada no extrato do TAC – sob pena de multa de R$ 5 mil por ha. O pedido de licenciamento ambiental foi protocolado na Sema ainda em 2007.

Nos primeiros quatro meses de 2011, Valdemilso teve fazendas embargadas por ser flagrado desmatamento sem autorização. A Sema publicou, em maio, que o fazendeiro teve três áreas embargadas: uma de 699 hectares de reserva legal, uma de 507 ha e, outra de 52 ha. Na época do flagrante, Badalloti informou que havia solicitado licenciamento ambiental na Sema, mas não falou sobre autorização para desmate.

Uma operação integrada entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Polícia Federal e Exército Brasileiro recolheu tratores de esteira e correntões em uma fazenda que Badalloti efetuava desmate. Os implementos foram levados para o pátio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Sinop.

No começo deste mês, a Justiça de Sorriso determinou a suspensão de todas as atividades nas terras desmatadas que pertencem ao fazendeiro. A medida abrange seis áreas degradadas de propriedade de Badalotti e a Justiça afirma que ele só poderá usá-las se for para projeto de recuperação da mata. Caso descumpra a decisão, ele receberá multa diária de R$ 3 mil por cada uma das seis áreas desmatadas.