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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Deputado propõe lei para prevenir o consumo de oxi em MT

Na Semana Nacional Antidrogas, que vai de 19 a 26 de junho, a Assembleia Legislativa começou a debater um projeto de lei que visa à criação da “Campanha de Prevenção ao Consumo do Oxi em Mato Grosso”. Considerada uma droga altamente viciante, destrutiva para o organismo humano, de baixo custo comercial e de rápida produção, o oxi tem se alastrado pelo país.


O projeto de lei que tem por finalidade instituir campanhas de prevenção apontando os malefícios da droga, cujo nome de batismo deriva da palavra “oxidação” (oxidado), é do deputado estadual Zeca Viana (PDT). “O projeto tem como objetivo prevenir a população de Mato Grosso sobre os malefícios do consumo do oxi. É necessário abordar este assunto pelo avanço que está droga pode ter em nosso estado, inclusive pelas crianças e pelos adolescentes”, afirma Zeca Viana.

Oxi é uma mistura de base livre de cocaína, cal, permanganato de potássio e algum combustível, como querosene, gasolina, diesel ou solução de bateria. “A composição final do oxi é gasolina e cal virgem (quando não tem gasolina é utilizado o querosene). Aquecido a mais de 100 graus, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas O resfriamento da porção sólida gera a pedra do oxi, que concentra os princípios ativos da cocaína”, relata a justificativa do projeto de lei.

Há diferença no nível de pureza do oxi, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas: cal, cimento, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns. “O oxi contém múltiplos resíduos e é mais agressivo ao sistema respiratório. Por conter gasolina na composição, ainda é extremamente prejudicial ao fígado e rins, podendo provocar a falência de tais órgãos”, expõe o projeto de lei.

Se aprovada, a campanha terá material impresso, de leitura simples e esclarecedora, distribuído gratuitamente à população de Mato Grosso - para mostrar o mal que o consumo do oxi pode causar ao organismo. O material deverá ser disseminado em locais de intensa circulação de pessoas, inclusive de crianças e adolescentes.

ESTUDOS - Um dos principais atrativos do oxi é seu baixo custo. Conhecido com a “droga da morte”, o oxi é um crack piorado, que vicia instantaneamente. Em São Paulo, por exemplo, uma pedra pode ser encontrada por R$ 2, enquanto pedras de crack costumam ser vendidas por R$ 5.

Um estudioso do assunto, o pesquisador Álvaro Mendes, em recente entrevista à revista de circulação nacional Época, alertou para o perigo do oxi. “Já trabalhei com usuários de todos os tipos de droga. Ainda não vi droga mais horrível do que o oxi. Imagine uma pessoa sem dormir há uma semana e, um minuto após consumo começa a vomitar e ter diarréia. Depois, andam pelas ruas como zumbis. É a degeneração humana. Não vi outra droga que causasse isso em questão de segundos, como ocorre com o oxi.”

Quanto à possibilidade de a droga se tornar uma epidemia, o pesquisador explica: “Existe essa possibilidade. É uma droga muito barata, capaz de provocar o vício após a primeira dose e fácil de ser transportada. Também não depende de laboratórios para ser fabricada, pode ser feita em fundo de quintal. Se não soar o alerta nos governos, não sei qual será o limite.”

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