A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (29), em votação secreta, por 18 votos contra um, a recondução do advogado Jeferson Kravchychyn ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na ocasião, o senador Pedro Taques (PDT/MT) negou que o pedido feito na semana passada para analisar com mais profundidade o currículo do advogado, com vistas à permanência deste no CNJ, tenha ocorrido porque o conselheiro foi um dos responsáveis pela aposentadoria de dez magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso ocorrida em fevereiro de 2010.

A resposta foi dirigida a advogados de Mato Grosso que, segundo Taques, insinuaram que o pedido de vistas ao processo do conselheiro foi feito por causa da sua participação de Kravchychyn na histórica votação.

“Advogados chegaram a afirmar que o pedido para analisar o caso do conselheiro foi uma retaliação. Isso não é verdade. Enquanto fui procurador da república, alguns processos contra os magistrados foram aposentados começaram comigo. O pedido para analisar o processo valoriza o conselheiro. Volto a dizer, sabatina não é um convescote entre amigos”, afirmou.

No dia 21 de junho, o senador Roberto Requião (PMDB/PR) havia sido dado parecer favorável à indicação do conselheiro, mas os senadores Pedro Taques e Demóstenes Torres (DEM/MT) pediram para analisar denúncias de que o conselheiro mantinha ligações com escritório de advocacia, situação que é vedada a membros do CNJ.