A presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados ao Estado de Mato Grosso (Ager-MT), Márcia Vandoni , irá até a Assembleia Legislativa conversar com os deputados e tentar acalmar os ânimos para garantir a votação do projeto de lei que dispõe sobre a reestruturação do transporte coletivo de Mato Grosso e prevê novas licitações para empresas do setor.
A mensagem encaminhada pelo Governo do Estado de Mato Grosso é polêmica e já rendeu bate boca entre os parlamentares José Riva (PP) e Emanuel Pinheiro (PR). A audiência está marcada para as 16 horas desta segunda-feira (4).
O bate boca entre Riva e Pinheiro ocorreu na última quarta-feira (29), quando o progressista denunciou um esquema de carteç e uso de laranjas no sistema de transporte coletivo de Mato Grosso. Pinheiro criticou Vandoni e a chamou de incompetente.
Riva denunciou na ocasião que apenas quatro grandes grupos comandam o sistema em Mato Grosso e usam laranjas. Ele informou ainda ter em mãos um relatório que comprova a acusação de monopólio. A denúncia feita pelo progressista foi para rebater a alegação de Emanuel Pinheiro de que existem 103 empresas atuando no transporte público em Mato Grosso.
O republicano alega que o projeto enviado pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados ao Estado de Mato Grosso (Ager-MT) é uma cópia do sistema existente no Ceará e defendeu a abertura do debate.
“Não vou aceitar que se fale mentira. Não é verdade que existem mais de 100 empresas, porque uma só é dona de 15 e só usam laranjas. O senhor pode ter boa intenção, mas pode estar sendo induzido. Eu também não aceito o monopólio e o senhor pode ter acesso ao relatório que tenho que comprova a existência de quatro grandes grupos que comandam o sistema de transporte de Mato Grosso”, respondeu Riva.
Pinheiro disse ainda que considera a presidente da Ager, Márcia Vandoni, incompetente e apresentou um substitutivo ao projeto encaminhado pela agência, responsável por fiscalizar o sistema de transporte de Mato Grosso. “Tenho proposta para licitar as linhas, mas ninguém quer me ouvir. Eu não posso me manifestar contra a presidente da Ager e achá-la incompetente? Eu a conheço e a considero honesta, mas faz uma gestão incompetente. A proposta apresentada é copiada do Ceará e não posso aceitar”, rebateu.
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