Polêmico em suas opiniões no Twitter, o ex-governador de Mato Grosso Rogério Salles (PSDB) sugeriu que o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot pode ter caído do cargo por uma ‘coincidência’ de ter entrado em atrito com o presidente da Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo de 2014 (Agecopa), Eder Moraes.

“Os problemas dele começaram depois que deu entrevista em Cuiabá e o Eder não gostou. (...) Alguns dias atrás quando comentou sobre o atraso das obras que poderiam levar Cuiabá a perder os jogos da Copa 2014”, comentou no microblog

Ao Olhar Direto, Salles diz que tudo pode ser uma simples coincidência, mas analisa que ao mirar-se em 2014 na corrida pelo comando do Palácio Paiaguás tudo é possível. “Quando se disputa um mesmo espaço não se preocupa em quem precisa pisar ou tirar do caminho, mas acho que tudo isso pode ser uma coincidência”.

A crise que mergulhou o PR é fruto da falta de uma reforma política, argumenta o ex-governador. “Sem uma reforma política essa é a tendência do processo, não há fábula para arrumar dinheiro. Como se forma estruturas para fazer isso, não é com doações de um real, dois reais de doadores ou de amigos. O quadro é se deteriorar ainda mais”, diz ao referir-se às supostas propinas cobradas pelo PR, denunciada pela revista Veja.

Salles classifica como absurdo a presidente da República, Dilma Rousseff, saber do problema e não tomar medidas mais duras, como a demissão do próprio ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para não inviabilizar o governo. O PR faz parte da bancada de sustentação de Dilma no Congresso Nacional. “Onde já se viu isso?”, questiona.

No twitter, Salles ironizou a presidenta. “Dilma deu uma de machão e tomou providências rápidas nas denúncias do MT, até o ministro mostrar as fichas que tem, aí amarelou, já ligou pro Lula?”.