O governo já derrubou na Justiça a legalidade de duas greves nos últimos dias. No entanto, as vitórias judiciais do Executivo não ‘assustam’ os policiais civis, paralisados há cerca de duas semanas. “Nem com liminar nós paramos a greve”, afirma o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva.

“Podem mandar quantas liminares quiserem que nós não paramos”, desafia o presidente do sindicato. De acordo com ele, a categoria só recua com uma proposta que agrade aos servidores.

Cledison Gonçalves ainda se queixa das dificuldades na negociação com a Secretaria de Administração (SAD) e chama o secretário da pasta de ‘duro na queda’. “O César Zílio é de difícil negociação. Ele é uma pessoa inflexível e não fez nenhuma proposta que avançasse nas discussões. O governo não propõe nada”, queixa-se.

Apesar da eloquência de Gonçalves, os grevistas quase recuaram na última quinta-feira (7). Após reunião com deputados e membros do governo, os policiais receberam o pedido de suspender a paralisação para esperar a volta do governador Silval Barbosa na próxima semana, dando um voto de ‘confiança’ ao Paiaguás.

Não fosse pela pressão dos investigadores e escrivães do interior, a greve poderia ter sido suspensa durante a assembleia. Os grevistas do interior reclamam que estão 100% mobilizados na causa, enquanto a capital segue enfraquecida no movimento.

A greve dos professores foi derrubada por decisão judicial, assim como a dos servidores do Meio Ambiente. A paralisação dos professores acabou. No entanto, o movimento na Sema segue porque os servidores ainda não foram notificados pela justiça. Quando notificados, os servidores irão convocar uma assembleia para deliberar se acatarão ou não a decisão.