A saída de Luiz Antonio Pagot do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), esta semana, provocou também a queda do superintendente regional do órgão em Mato Grosso. Braço direito de Pagot, Nilton de Britto pediu exoneração do cargo após a demissão do ex-diretor geral, confirmada na segunda-feira (25/7).

De acordo com informações da assessoria de imprensa do Dnit, o pedido de Britto também foi protocolado na segunda-feira e aguarda visto do Ministério dos Transportes para ser efetivado e ser publicado no "Diário Oficial" da União.

Homem de confiança do diretor-geral do Dnit, Brito foi nomeado para a superintendência em 2010. Já havia ocupado outros cargos no órgão em Brasília.

Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, o irmão do ex-superintendente, o empresário Milton de Britto, dono da Engenorte Construções, fechou contratos de R$ 26 milhões com o órgão, nos últimos dois anos, para obras em rodovias federais que cortam o Estado.

A existência de negócios entre o irmão de Nilton de Brito e o governo federal, aliásd, não era segredo, já que Pagot, interpelado no Congresso Nacional a respeito desta situação, garantiu que não havia nenhum indício de favorecimento do superintendente ao irmão.

Incomodado com a dimensão e alcance das denúncias de existência de um suposto ‘Mensalão do PR’, Brito segue os passos do ex-diretor-geral do órgão, que estava de férias até o dia 4 de agosto mas cancelou o descanso e decidiu deixar o cargo.