O presidente nacional do PDT, ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, não chegou a contrariar a decisão do senador Pedro Taques (PDT) em assinar a criação da CPI dos Transportes, mas afirmou que não o faria.
“O direito é dele (de assinar a criação da CPI). Mas eu não o faria. Ele assinou a criação ainda no começo, quando o governo ainda não tinha tomado providências. Agora a presidenta Dilma Rousseff (PT) já demitiu muitos envolvidos”, afirmou o ministro.
De acordo com Lupi, a decisão de Taques não gera nenhum constrangimento, apesar de o senador ser filiado a um partido da base aliada do governo federal, que fez o possível para sufocar a criação do inquérito parlamentar.
As primeiras denúncias no Ministério dos Transportes, que envolviam um suposto esquema de superfaturamento de obras e de cobrança de propina de empreiteiras, levaram à queda do então titular, Alfredo Nascimento (PR-AM), do diretor da Valec, Juquinha e de Luiz Antonio Pagot, do Dnit.
O próprio ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, afirmou ser um defensor da criação da CPI para mostrar a sua conduta a frente da autarquia e apurar o envolvimento de demais funcionários no departamento.