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Sábado, 04 de maio de 2024

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Com fumaça

Cuiabá libera fumacê e pede “hospital da dengue” para Estado

Foto: Thalita Araújo/OD

Luiz Soares

Luiz Soares

Cuiabá liberou o uso do fumacê. Agora é oficial e, segundo o secretário de Saúde do Município, Luiz Soares, a partir de agora a responsabilidade e as questões sobre essa ferramenta são todas do governo do Estado. Ele entregou, hoje, 17, um ofício ao secretário do Estado de Saúde, Augustinho Moro, autorizando o UBV (Ultra Baixo Volume, popularmente chamado de “fumacê”). No documento, além da liberação do UBV, o município também pede ao Estado que reabra o antigo Hospital das Clínicas para funcionar como “Hospital da Dengue”.


Sobre o fumacê, não foram divulgados os motivos pelos quais a município libera, neste momento, o uso da ferramenta. Em todas as entrevistas e coletivas de imprensa sobre a dengue, a equipe responsável pelo município dizia que ainda não era a hora de usá-lo, pelas condições climáticas e por conta dos malefícios à saúde que a substância causa nas pessoas. O uso nunca foi descartado, mas as declarações eram de que, apenas mais adiante, se pensaria sobre a necessidade, ou não, da utilização.

Enquanto o município dava declarações com esse conteúdo, o Estado anunciava que era preciso usar e que haveria intervenção do Ministério da Saúde se fosse necessário. Várzea grande concedeu liberação e o fumacê deve iniciar no final da tarde dessa sexta. Mas, Soares diz que jamais existiu esse tipo de discordância entre as secretarias do município e do estado e insinua que foi a imprensa quem criou a idéia de que estaria acontecendo algum atrito entre as resoluções das duas secretarias.

Outras ações, além do UBV, estão sendo intensificadas, como o atendimento médico no Pronto Socorro e nas policlínicas, a fiscalização nas casas, invasão de terrenos e propriedades fechadas e campanhas educativas.

Luiz Soares enfatiza que a grande questão do momento é a demanda de leitos para pacientes com dengue. Hoje, os leitos específicos para a doença, já chamados de “leitos da dengue”, somam 78, distribuídos entre o Pronto Socorro Municipal e mais três hospitais contratados.

No entanto, isso ainda tem sido pouco e com uma estrutura indesejável, já que no Pronto Socorro, por exemplo, já falta espaço normalmente e ainda teve que sofrer uma reestruturação para poder atender a todos os doentes por conta do mosquito.

Com essa situação, a segunda parte importante do documento enviado do município para o Estado é a solicitação de um novo e temporário hospital, em caráter emergencial, justificado pela demanda, pela pouca estrutura do município e pela grande quantidade de pessoas do interior que vem procurar auxílio médico na capital.

A sugestão é que o antigo Hospital das Clínicas (que fica na Avenida São Sebastião) seja reativado, em caráter temporário, para ser o “hospital da dengue”. Lá se concentrariam os atendimentos, com melhor espaço e qualidade. Soares afirma que a estrutura de lá está em ótimas condições, que existem cerca de 40 leitos em bom estado e há capacidade para algo em torno de 100.

O secretário diz que o município não tem condições de disponibilizar os recursos necessários para o “hospital da dengue”, o que ele acredita que seria em torno de 300 a 400 mil reais por mês. Os funcionários seriam todos cedidos pelo município.
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