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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Portaria 2577 é barreira para pacientes com hipertensão pulmonar

A despeito do desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), a esperança de assistência adequada permanece frustrada para muitos pacientes. Os vilões são o alto custo dos novos medicamentos e a indisponibilidade na rede pública, que, aliás, ainda não inclui os fármacos para tratamento da HAP na lista do Ministério da Saúde.

Não inclusão do tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar na lista de CMDE (Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional) impede a distribuição gratuita de remédios para a doença.


A despeito do desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), a esperança de assistência adequada permanece frustrada para muitos pacientes. Os vilões são o alto custo dos novos medicamentos e a indisponibilidade na rede pública, que, aliás, ainda não inclui os fármacos para tratamento da HAP na lista do Ministério da Saúde.

De acordo com a dra. Jaquelina Ota, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), isto tem obrigado vários pacientes brasileiros a entrar na Justiça para obter assistência.

“Não acredito que a judicialização da saúde seja a melhor alternativa para a solução deste impasse, mas sim o estabelecimento de protocolos de tratamento baseados em estudos clínicos multicêntricos, inclusive com a participação de centros brasileiros, para melhor orientação terapêutica aos portadores da HAP”, afirma a especialista.

No Estado de São Paulo a situação é pouco mais alvissareira. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo foi pioneira em estabelecer um protocolo de avaliação e tratamento em conjunto com uma comissão formada por especialistas. Os pacientes são avaliados e acompanhados em centros de referência.

Segundo a dra. Jaquelina Ota, até recentemente a falta de perspectiva era total para os pacientes com HAP, que evoluíam com agravamento progressivo do quadro, limitação das atividades habituais, até chegar à morte. A única opção era o transplante de pulmão, procedimento ainda hoje realizado em poucas instituições no Brasil e com risco elevado de complicações no pós-operatório quando a indicação é a hipertensão pulmonar.

Com os avanços científicos em relação ao entendimento dos mecanismos da gênese da doença, desenvolveram-se medicamentos que atuam nos vasos do pulmão, proporcionando melhora significativa da qualidade de vida. Também aumentando a capacidade de esforço e a sobrevida.

“Prevenir infecções respiratórias, evitar altas altitudes e atividades físicas intensas são cuidados gerais que devem ser incluídos no tratamento. Qualquer procedimento cirúrgico tem risco elevado nos pacientes com hipertensão arterial pulmonar. Portanto, devem ser acompanhados em centros especializados”, afirma a dra. Jaquelina.


HAP e SPPT

A proliferação anormal de células dos vasos pulmonares, característica da HAP, provoca uma obstrução progressiva das artérias do pulmão. O lado direito do coração, então, sofre uma sobrecarga, causando sintomas de falência do órgão, com aumento do cansaço e inchaço nas pernas.

Uso de medicações para emagrecer, doenças cardíacas congênitas, doenças do fígado, algumas reumáticas e infecção pelo vírus HIV são as causas da HAP.

Ao longo do ano, a SPPT ministra um programa de educação continuada itinerante em HAP no Estado de São Paulo com a realização de palestras e encontros científicos. O objetivo, diz a dra. Jaquelina Ota, é levar aos pneumologistas de diferentes cidades e serviços o que há de mais atualizado na área e, dessa forma, preparar os profissionais para o melhor atendimento aos cidadãos.
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