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Sábado, 18 de maio de 2024

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Cadeia Pública de Cáceres padece com a ausência de estrutura mínima

Foto: Conselho da Comunidade/Cáceres

Situação da estrutura e capacidade de atendimento do

Situação da estrutura e capacidade de atendimento do

As câmeras de segurança estão queimadas, a viatura de escolta "encostada" por falta de pneus, há apenas uma viatura para todo o serviço administrativo, o efetivo é insuficiente para a guarda externa tal como o número de agentes prisionais, e também não há atividades para os 353 detentos - que, em Cáceres, de nenhuma forma podem ser chamados de reeducandos, uma vez que o “Cadeião” não oferece nenhum programa de ressocialização.


A situação delicada da Cadeia Pública de Cáceres foi passada ao Olhar Direto por uma fonte que não quis ter seu nome revelado, por temer represálias, mas foi constatada pela reportagem na manhã da última quinta-feira (01). Lá, o detento que precisa de escolta para assistência médica ou para comparecer a audiências está sendo levado em viaturas da Polícia Civil em apoio emergencial enquanto – como também é do conhecimento público – há demanda de sobra para investigações e solução de crimes em Cáceres.

"A situação já foi exposta à Superintendência do Sistema Prisional do Estado, por meio de muitos ofícios. O atual diretor é sério, responsável, e vive de pires nas mãos pedindo ajuda. Acho que ele escreve ofícios até quando está dormindo"- declarou a fonte, acrescentando que o descaso do Estado é evidente.

Procurado pela reportagem, o diretor da Cadeia Pública, Rodrigo Sebalho, preferiu não se pronunciar. As dificuldades da cadeia já tinham sido expostas durante a reunião do Conselho da Comunidade, realizada na manhã de terça-feira (29).

O Conselho está aguardando uma resposta do ex-diretor da unidade, Claiton Norberto, sobre a prestação de contas que se faz necessária para que o Cadeião volte a receber apoio financeiro do próprio Conselho e da Justiça Federal.

Há uma diferença de R$ 9 mil que precisa ser esclarecida e comprovada pelo ex-diretor, sendo R$ 3 mil repassados a ele pelo Conselho e R$ 6 mil, pela Justiça Federal. O Conselho investiu R$ 23 mil na Cadeia no decorrer de 2011, mas não em programas de ressocialização - que é a finalidade da entidade – mas em obras de reforma, especialmente conserto e reforço de grades e pisos (devido ao risco de fugas).

Na semana passada foi iniciada uma obra de reforma emergencial no Bloco 2, onde ocorreu a fuga de 14 detentos no último dia 12. O piso das celas está recebendo um reforço de cimento de cinco centímetros de altura e a ala do artesanato, por onde costumam ocorrer fugas, está recebendo um piso novo com terra compactada, uma camada de pedras e ferro e cimento reforçado.

A conclusão da obra está prevista para dentro de dez dias, quando deverão então ser iniciadas as obras semelhantes ao que é feito no Bloco 1.
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