O Juízo de plantão da Justiça Federal, Rafael Vasconcelos, concedeu alvará de soltura para o empresário Josino Guimarães e o delegado da polícia civil Márcio Pieroni, acusados de arquitetar uma suposta farsa para tentar provar que o juiz assassinado Leopoldino Marques do Amaral, ainda estaria vivo e vivendo do exterior.

Apesar de a liberdade ter sido concedida pela manhã, o advogado Waldir Caldas só conseguiu tirar o empresário da Penitenciária Central do Estado, por volta das 19h05. Pieroni foi solto logo após a expedição do habeas corpus. O advogado de Pieroni, Carlos Frederick, disse que o delegado foi solto já que foi detido porque a Justiça havia entendido que poderia atrapalhar a instrução do júri ao qual Josino foi submetido esta semana. “Como o julgamento já foi realizado não tem mais motivo para permanecer preso”, disse.

O empresário foi absolvido no julgamento do qual era acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, mas continuou preso pela suposta farsa. Por uma deficiência do sistema penitenciário, desde às 11 horas o advogado Waldir Caldas tentava junto do oficial de justiça colocar o cliente em liberdade.

Josino foi denunciado em 1999 pelo juiz assassinado Leopoldino Marques do Amaral num esquema milionário de vendas de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, onde era apontado como ‘corretor de sentenças’ a serviço de nove desembargadores.