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Domingo, 19 de maio de 2024

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Reajuste

Insatisfeitos com inércia, peritos criminais cogitam paralisação

Depois da greve deflagrada nesta semana pelos auditores do Estado, a insatisfação no funcionalismo público estadual pode levar à paralisação dos peritos oficiais criminais. Lotados na Polícia Técnica, ligada à Secretaria de Segurança Pública (Sesp), cerca de 150 servidores – peritos, médicos e odontologistas legistas – cobram do governo a devida valorização após sete anos de defasagem em seus rendimentos.


Presidente do sindicato da categoria (Sindpeco), Márcio Godoy esclarece que a intenção inicial dos profissionais não é de cruzar os braços, mas uma assembléia geral na próxima segunda-feira (05) pode deliberar a favor da medida caso o governo não se abra para o diálogo – situação que não tem mudado há cerca de um ano, quando o movimento começou a pleitear reajustes.

Godoy explica que médicos legistas, peritos odonto-legistas e os peritos criminais compartilham a mesma carreira na Politec. Eles pleiteiam uma majoração no salário médio inicial, que hoje é de aproximadamente R$ 5,7 mil, para R$ 11 mil, uma diferença de quase 93%. Para o profissional com 30 anos de carreira e de última classe, o salário subiria para R$ 18 mil.

A variação pleiteada se refere a um longo período sem reajustes à carreira, segundo Godoy, mas a categoria considera negociar os valores e a forma de aplicação com o governo, que ainda não se manifestou a respeito ao sindicato. A Secretaria de Administração (SAD), pontua o sindicalista, havia se comprometido a enviar um parecer sobre a reivindicação dos servidores até o final do mês passado, o que não foi cumprido.

Agora, os profissionais buscam, por meio do sindicato, diálogo com o governo com auxílio dos deputados da Assembléia Legislativa (AL). Eles percorreram os gabinetes dos parlamentares na última quarta-feira (29) e obtiveram algumas sinalizações positivas em relação a tentativas de negociação com o poder Executivo.

Godoy enfatiza que a categoria tem sofrido uma desvalorização nos últimos anos, o que pode ser constatado no fato de que a carreira de perito criminal tem os mesmos rendimentos dos delegados na Polícia Federal (PF), situação que se repete também nas instituições equivalentes de vários Estados brasileiros.

Uma paralisação dos peritos criminais redundaria em sérios prejuízos para o Estado, uma vez que a falta de elucidação de crimes e a falta da devida responsabilização apenas estimulam a criminalidade. Apenas oito de cada 100 homicídios são investigados no Brasil, segundo o Ministério da Justiça.

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