Uma equipe da corregedoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) esteve quarta-feira (7), em Aragarças-GO, divisa com Barra do Garças, apurando denúncia de tráfico de influência que teria ocorrido no fórum aragarcense. Dois advogados teriam sido favorecidos com obtenção de liminares e alvarás de soltura através de uma funcionária e um ex-juiz da comarca.
A funcionária está afastada da comarca e dois advogados estão sendo investigados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Polícia Civil.
O desembargador-corregedor Carlos Magno determinou abertura de um procedimento para apurar a denúncia e nesta quarta-feira (7) estão sendo ouvidos funcionários e advogados da comarca goiana. O pedido de investigação foi feito pelo presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Luiz Aires Cirineu Neto.
Nomes não foram revelados pela corregedoria, que alega que a investigação ainda não foi concluída.
O possível tráfico de influência começou em 2011. Dois advogados estariam sendo beneficiados pela amizade com uma assessora e um ex-juiz, de quem se diziam amigos íntimos.
Três casos foram citados na investigação, entre eles a soltura de uma traficante sob o argumento de excesso de prazo na conclusão do inquérito. Entretanto, das quatro pessoas presas, só a traficante foi solta. O prazo não havia vencido e a documentação teria sido forjada.
Um dos advogados investigados, antes mesmo da polícia detê-lo, já estava com pedido de relaxamento de prisão.
E o terceiro fato foi a soltura de traficantes presos pela Polícia Federal, cujo primeiro pedido de relaxamento feito por outro advogado havia sido negado, ao passo que o segundo, de autoria dos advogados investigados, foi aceito.