O primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), garantiu nesta quinta-feira (14) que serão reduzidos os salários de todos os funcionários que perderem o status diretor na reforma administrativa que a Casa pretende realizar. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) deseja reduzir para sete o número de diretores, que chegou a ser 181.

Ao divulgar a proposta, a FGV afirmou que a maioria dos diretores perderia apenas o status, mas manteriam a gratificação que recebem atualmente pela função. Heráclito disse que houve uma confusão da Fundação por não entender o “dia-a-dia do Senado”.

“Houve uma confusão. Não tem lógica em tirar o cargo de direção e deixar a função e o salário. É preciso economia e uma máquina mais enxuta. Vai ter redução de salário também porque, sem isso, a reforma não teria nenhum sentido”, disse Heráclito. 

O primeiro secretário disse ainda discordar da meta de reduzir para sete o número de diretores. “Acredito que vai ficar entre dez e quinze”. Ele destacou que em 1991 a Casa já tinha 15 diretores e muitos serviços atuais nem existiam na época, como a grande estrutura de comunicação.

Para reduzir o salário dos diretores sem provocar uma revolta dos funcionários, Heráclito defende que a Casa adote um plano de carreira. “Precisamos criar um plano de carreira porque, se não, fica este ajeitadinho para beneficiar fulano ou beltrano e não se faz justiça com os funcionários. Não pode dar aumento, uma gratificação ou comissão. Tem que se dar um aumento para os servidores como um todo e não só para uma elite”.

Nesta manhã, a Mesa Diretora do Senado concordou com a assinatura de um contrato com a FGV para efetivar a reforma, com as devidas alterações. O valor do contrato total é de R$ 250 mil. A proposta inicial está aberta para consulta pública e só deve começar a ser implementada em dois meses. Posteriormente, a FGV irá analisar a estrutura de cargos comissionados e as terceirizações na Casa.