Cerca de 200 servidores públicos municipais de Sapezal (a 478 km de Cuiabá) entraram em greve nesta segunda-feira (09) devido a seguidos descumprimentos, por parte da Prefeitura, de direitos da categoria – como o pagamento do reajuste salarial de pouco mais de 6%, de adicional por insalubridade, de 13º salário com base no rendimento individual de cada funcionário e revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

Esta é a primeira vez que servidores do município de Sapezal cruzam os braços. Desde o início da manhã eles estão parados em frente à sede da Prefeitura e aguardam negociação com o prefeito, que ainda não se manifestou.

De acordo com a presidente do Sindicato Municipal dos Servidores Públicos de Sapezal (Sims), Ivany Magalhães, funcionários de todos os serviços da Prefeitura (incluindo creches e escolas) estão parados, exceto aqueles lotados no prédio da administração e os 30% - obrigatórios por lei – que continuam atuando na área da Saúde.

Ivany relata que alguns professores estão sofrendo intensa pressão por parte de representantes da prefeitura para irem trabalhar. “Estão indo nas casas dos professores pra obrigá-los a ir para as escolas. A coisa aqui é triste, o negócio é federal. O medo é muito grande”, frisou a sindicalista.

O não pagamento do adicional por insalubridade é problema antigo e constitui o principal ponto de reivindicação dos servidores, que chegaram a denunciar a falta do pagamento ao Ministério Público.

Antes de cruzar os braços, os servidores ainda chegaram a dar um voto de confiança ao prefeito Jean Carlo Galli (PMDB) no último dia 20. Foi dado prazo para que até o dia 30 de abril ele atendesse à pauta de reivindicações, o que não foi aguardado. A paralisação desta segunda-feira foi decidida em assembleia no último dia 5.



Atualizada às 13h21