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Domingo, 28 de abril de 2024

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PSDB desiste de recorrer à CCJ do Senado para ter mais vagas em CPI da Petrobras

O PSDB desistiu de recorrer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado para aumentar as vagas da oposição na CPI da Petrobras. O partido teme que o recurso atrase o início dos trabalhos da comissão, por isso vai apenas apresentar um projeto de resolução ao Senado para tentar modificar o atual modelo de divisão das vagas das CPIs.


"A gente não quer atrapalhar o início da CPI. Vamos apresentar o projeto para dirimir essa dúvida. E também vamos deixar claro ao presidente [do Senado] José Sarney [PMDB-AP] que consideramos a resposta dele vazia. Mas não vamos fazer disso um cavalo de batalha para não prejudicar a CPI", disse Virgílio.

Sarney negou o pedido da oposição para aumentar de três para quatro as vagas de titulares do DEM e do PSDB na CPI da Petrobras. O presidente do Senado disse que a divisão das cadeiras tomou como base o tamanho das bancadas dos partidos na Casa, por isso a oposição ficou com apenas três das onze cadeiras de titulares na CPI.

Virgílio, por sua vez, afirma que a divisão deveria tomar como base o tamanho das bancadas partidárias no dia em que os senadores foram diplomados nos cargos, e não o atual tamanho de cada legenda no Senado. "Eu vou dizer que aceitamos a decisão do presidente Sarney, mas vou expor meus argumentos", disse o tucano.

O PSDB ainda vai apresentar consulta à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sobre a divisão das vagas na CPI da Petrobras. A consulta, no entanto, não impede que a CPI comece a trabalhar.

Os governistas esperavam o recurso da oposição para definir as indicações dos senadores que vão integrar a comissão. A ordem dentro da base aliada é retardar as indicações para postergar o início das investigações, uma vez que o Palácio do Planalto é contrário à CPI para evitar danos à imagem da Petrobras em meio à crise econômica internacional.

Comando da CPI

Virgílio pretende enfrentar os governistas na divisão dos cargos de comando da CPI. A base aliada trabalha para ficar com a presidência e a relatoria da comissão, mas o líder tucano disse esperar que o "bom senso" prevaleça sobre a Casa permitindo que o DEM ou o PSDB fique com um dos cargos de comando da CPI.

"Eu considero um desatino não termos a presidência da CPI, já que o Senado sempre seguiu a regra do rodízio", afirmou.

Pela tradição da Casa, governo e oposição dividem os comandos das comissões parlamentares de inquérito. Como o DEM indicou o senador Demóstenes Torres (GO) para a relatoria da CPI da Pedofilia, última comissão instalada na Casa, a oposição agora reivindica a presidência da CPI da Petrobras.
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