A nova pavimentação asfaltica da avenida Anselmo Cardinal, principal via de acesso ao Distrito Industrial II de Rondonópolis está novamente parada. Agora, a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), que executa a obra, interrompeu os trabalhos por falta de materiais.
A obra iniciada no final do ano passado deveria ter sido concluída início julho, mas houve necessidade de prorrogação por conta da paralisação de três meses em consequência a época chuvosa. Após retomar e sem intenção de parar de novo, surge este novo problema. “Falta a última etapa para concluir, mas ficamos sem material. Estamos esperando chegar (?)”, disse a responsável pela Coder que não soube dar mais informações, Mara Gleibe.
Há anos passando pela via e acompanhando a situação, a bióloga que trabalha na região, Luciene Pereira Estrela, comentou a dificuldade de logística em meio a obra. “É um perigo transitar ali na rua paralela que está sendo usada mão dupla (ida e volta). Às vezes tem carreta estacionada no acostamento e diminui o espaço da passagem. Inicialmente o problema os buracos. Agora que resolveram dar jeito, a obra não se conclui”, reclamou.
A avenida Anselmo Cardinal apresenta tráfego intenso com destino às dezenas de indústrias localizadas no distrito industrial antigo, em especial a ADM, uma das maiores empresas de Rondonópolis. A via teve de ser revitalizada devido a série de estragos causados pelos veículos pesados.
Serão refeitos os asfaltos nas duas pistas que resultam em 1.600 metros de pavimentação, orçadas R$ 938 mil de recursos municipais.
Falta de sinalização - O descaso com aquele distrito não é de hoje e de acordo com pessoas que fazem o trajeto diário o principal problema é a falta de sinalização. Até hoje o ajudante de produção, Paulo Sérgio Pinheiro, tenta se recuperar de um acidente de trânsito que teve ali no cruzamento da avenida Anselmo Cardinal com a rua Senador Atílio Fontana. Na volta do trabalho, ele foi “atropelado” por um caminhão caçamba que não parou na esquina por não ter nenhum tipo de sinalização.
“Isso foi em 2010. Eu ainda estou em tratamento. Quebrei a perna, fiquei cinco meses internado, peguei infecção e pior, tenho alergia do remédio que devo tomar. Uma luta. Aquele problema de sinalização ali é de muitos anos. O pessoal da região vive reclamando e pedindo providência. Até hoje nada”, expressou.
Questionado sobre o problema, o atual secretário Municipal de Transportes e Trânsito, Sérgio Negri disse que assim que concluída as obras, o trecho será devidamente sinalizado e que inclusive estão estudando a implantação de um ponto de ônibus para atender a região.
A Coder é a responsável pela execução da obra, sob a supervisão Secretaria Municipal de Infra Estrutura e Urbanismo do município.
