Os servidores da Saúde de Mato Grosso entraram em estado de greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (31), de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT). Eles cobram o fim das Organizações Sociais (OSS’s) e Parcerias Público Privadas no setor da saúde.

De acordo com o Sisma-MT, as OSS’s têm tornado o trabalho nas unidades hospitalares insustentável. Eles querem respaldo jurídico para que nas próximas ações dos servidores contra as organizações nenhum funcionário seja exonerado nem transferido.

“A presença do sindicato no local de trabalho incomoda os gestores, mas nós vamos continuar falando com os trabalhadores e realizando assembleias aqui no sindicato. Nós precisamos de menos discurso e mais ação”, disse a vice-presidente do Sisma-MT, Aparecida Rodrigues.

Os funcionários alegam que estão há meses denunciando a falta de insumos e materiais e vão mostrar à população os verdadeiros motivos pelos quais a saúde está um caos, informou a assessoria de imprensa.

Os servidores lembraram que, no ano passado, quando o governo conseguiu aprovar o “novo modelo de gestão da saúde”, isto é, a implantação das OSS’s no Estado, por meio da Resolução 007, ninguém sabia ainda do que se tratava.

“Hoje nós sabemos e não queremos nem OSS’s nem Parcerias Público Privadas. Nós queremos a valorização do Sistema Único de Saúde”, completa a vice-presidente do Sisma.

Na última semana os trabalhadores do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) divulgaram uma carta aberta à população e ao Conselho Estadual de Saúde demonstrando as reais condições de trabalho, que colocam em risco suas vidas e as dos pacientes.


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