As obras de construção do canal hidrológico do Córrego do Canivete, em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) foram retomadas no dia 04 de setembro, com a escavação do fundo do canal de limpeza e a parte de topografia no Jardim Riveta. A Ensercon Engenharia, terceira colocada no certame realizado pela Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), assume os serviços após a primeira e a segunda vencedoras da licitação, a Texas Construções e a Geosolo Engenharia, terem desistido da execução das obras.
A Setpu chegou a cogitar a realização de nova licitação em virtude desses percalços que só agora, quase três anos após a primeira Ordem de Início de Serviço (OIS), tirarão finalmente o projeto do Córrego do Canivete do papel. “A decisão de convocar a terceira colocada evitaria uma demanda ainda maior de tempo e os dirigentes da Ensercon Engenharia se mostraram altamente interessados em assumir a empreitada”, informou o assessor especial de Pavimentação Urbana da Setpu, João Marques.
Para sanar os problemas decorrentes do período chuvoso da região do Córrego do Canivete em Rondonópolis foi firmado, em 2009, convênio entre o Governo do Estado, por meio da então Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), atual Setpu, e a Caixa Econômica Federal (CEF), do repasse de recursos para contemplar a obra de construção do canal hidrológico do Córrego do Canivete, em Rondonópolis.
Com a implementação do projeto que prevê a pavimentação asfáltica de 12.500 m² e a construção de galerias pluviais nas ruas adjacentes dos Jardins Riviera e Ipê, além da canalização em alvenaria do canal que compreenderá o trecho entre a rua Campo Grande até a foz do córrego, às margens do córrego Arareau, numa extensão de 2.750 metros, se dará o controle de erosões, inundações, coletas das águas de chuvas dos bairros adjacentes e escoamento até o córrego Arareau.
Segundo o projeto realizado pela Consultoria e Projetos de Obras (Cpol), 29 mil habitantes, que corresponde a 17% da população de Rondonópolis, e hoje sofrem com o período de chuva, serão atendidos. De acordo com o estudo, durante os meses de novembro a abril, época de chuvas mais intensas, a população sofre com desabamentos e a proliferação de doenças como hepatite, malária, dengue, leishmaniose, entre outras.
Os recursos disponibilizados são de pouco mais de R$ 16,2 milhões e para a obra que se inicia agora foi estimado investimento em torno de R$ 12,7 milhões que serão custeados pela União e pelo Estado. Já a diferença será aplicada nas obras do projeto complementar ao complexo do córrego do Canivete, em estudo na Setpu, para a construção de novas travessias, urbanização e a construção de uma via marginal ao longo do córrego canalizado.
Região do Córrego - Na margem esquerda do córrego estão o bairro Monte Líbano e os jardins João de Barro, Monte Líbano, Quitéria Teruel, Orquídea, América, Tropical, Gramado I e II, Ipê, Luz D’Ayara, Kênia, Santa Bárbara, Riviera, Nossa Senhora da Glória, Hortênsia, HD, Maria Tereza, além do Parque Residencial Buriti e a Vila Carvalho. Já à margem direita estão os jardins Assunção, Marialva, Vera Cruz, Santa Roda, Pindorama, Santa Marta, Santa Clara I e II, Guanabara, Bandeirantes, e as vilas São José, Planalto e Duarte.
