O grupo Galvão está negociando a venda de uma fatia da Companhia de Águas do Brasil (CAB Ambiental), após o fracasso no processo de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e da compra de uma participação de um terço pelo BNDESPar (braço de participações do BNDES), segundo edição do jornal Valor Econômico desta quinta-feira (13).

“Confirmamos o interesse de vender apenas uma fatia da CAB. Este movimento faz parte da estratégia do grupo Galvão, que está baseada na criação de portfólio de negócios que se constituem em oportunidades de investimento de capital”, disse a CAB, em nota.

O grupo Galvão, segundo o jornal, está em conversações com grandes empresas do setor de saneamento básico oferecendo um terço do capital da CAB, que opera concessões e parcerias público-privadas em água e esgoto, mas não descarta negociar a fatia total de 67%.

Em Mato Grosso, a empresa tem operações em Alta Floresta, Colíder, Pontes e Lacerda, Comodoro e Canarana, além de Cuiabá, onde conquistou a concessão de água e esgoto neste ano por R$ 516 milhões (quantia a ser paga ao município). A CAB atua ainda em Santa Catarina, Paraná, Alagoas e São Paulo.

A empresa paulista foi escolhida em polêmico processo licitatório realizado pela prefeitura de Cuiabá. A Câmara de Vereadores aprovou autorização para a concessão, mas isso foi anulado pela Justiça. Depois, os parlamentares tiveram de reprovar o projeto. O município chegou a ser proibido temporariamente de realizar a licitação, mas assinou contrato com a CAB em fevereiro.