Prefeito de Santa Terezinha – cidade que carrega o título de terceiro pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Mato Grosso – depois de mais de um mês no cargo, ainda não conseguiu dar início a sua gestão. De acordo com o prefeito do município, Cristiano Gomes (PT), ainda não foi possível iniciar a sua gestão, pois antes é preciso dar soluções aos problemas da gestão passada. Já à baixa qualidade de vida da população, ele afirma que a falta de transporte escolar e infraestrutura das estradas na cidade coloca o município dentre as piores cidades para se viver.
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Pela primeira vez a frente da administração da prefeitura, Cristiano, inicia a sua gestão com R$ 800 mil de dívidas das gestões passada, sendo que desses 490 mil é folha de pagamento do mês de dezembro e mais 300 mil de fornecedores. “Quando peguei o espelho na AMM [ Associação Mato-grossense dos Municípios] e estamos com oito convênios atrasados, o do INCRA, por exemplo, não foram nem pagos e prestados contas, estamos inadimplentes”, explicou o prefeito.
Quanto ao baixo IDH da cidade, Cristiano atribuiu à gestão passada. Segundo ele, “a má gestão do município, [Domingos da Silva Neto (PSD)] deixou de aderir a vários programas do Governo Federal. Existem muitos programas, como a bolsas família e escola, agricultura familiar, que ele poderia ter alavancado nesses quatros anos, mas não conseguiu fazer a socialização das classes e essa será o meu objetivo inicial, que é a distribuição de renda no município. Com melhoramento da agricultura familiar, cadastramento das pessoas que realmente sejam pobres no município para ter acesso à assistência social da cidade”, afirmou.
Educação e Saúde
A educação é uma das piores pastas do município de Santa Terezinha. Uma das maiores dificuldades está relacionada à distância e traslados das crianças até as unidades escolares. “Temos muitos assentamentos e com o período de chuvas temos problemas com o translado, com estradas ruins pontes quebradas é complicado ter os 200 dias letivos no ano”, lamentou Cristiano.
Outro problema que o novo prefeito terá que enfrentar está relacionado à saúde. O atraso nos repasses do Estado contribui para que o município seja um dos piores para viver em Mato Grosso. “O atraso dos repasses do Estado já acumulam R$168 mil reais, para um município pobre a saúde é essencial, por isso tenho gerindo com recurso próprio da prefeitura”, finalizou.
O município conta três Programas Saúde da Família (PSF), sendo um rural urbano e um hospital municipal. Para manter as unidades são necessários R$
120 mil para manter as unidades.
IDH
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o IDH é medido a partir da qualidade de vida proporcionada ao indivíduo. São levados em consideração dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB.
