O município de Várzea Grande vive momento de dificuldade em todas as áreas, tanto estrutural quanto social, mas é a saúde o ponto mais vulnerável da administração municipal. O alerta e o pedido de socorro são do prefeito Wallace Guimarães (PMDB), que esteve em Brasília recentemente para viabilizar a liberação de recursos federais do Ministério da Saúde.

Entre os motivos para o caos da saúde, Guimarães cita o fato de o município ter sido projetado para 100 mil habitantes, mas abriga hoje quase o triplo. A situação se agrava devido ao fato de não haver nenhum hospital privado que auxilie a rede pública a atender a demanda.

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“É a estrutura pública que supre quase todas as necessidades do município. Nossa iniciativa privada é muito pequena”, afirma.

O número de leitos também é insuficiente e há um déficit de 150 vagas na rede pública. “Hoje temos quase 300 mil habitantes. Estamos com 189 leitos. Precisamos de pelo menos de mais 100 a 150 leitos de retaguarda”.

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A pequena cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) é outro agravante. ”O PSF atende apenas 19% da população. Pra mudar esta realidade, queremos chegar a pelo menos 60%”.

O prefeito observa ainda que o município faz parte de um polo regional, “que atende a Várzea Grande e ao Estado de Mato Grosso assim como Cuiabá”.

Wallace Guimarães informa ter recebido o município com um déficit geral de R$ 406 milhões. Ele elege como maior desafio a melhoria da receita, que é de R$ 18 milhões, mas que enfrenta uma despesa fixa mensal de R$ 16 milhões.

“Restam dois milhões para poder gerir o município por mês com medicamento, alimentação, custeio, tudo. É um município que se não melhorar receita, não terá solução”.

Enquanto tenta resgatar R$ 2,4 milhões da União para o município, o prefeito da segunda maior cidade do Estado pensa em uma equação politico-financeira para mudar a realidade do município.

”Tenho que fazer contenção de despesa e implementar receita no município. Tratar dinheiro público com mais seriedade e promover ajustes fiscais”, conclui.