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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Aliado de Renan bate boca com Jereissati sobre movimento de moralização do Senado

Os senadores Wellington Salgado (PMDB-MG) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) trocaram farpas nesta quarta-feira no plenário do Senado durante debate sobre a crise política que atinge a instituição. Depois de Salgado criticar o grupo de senadores que cobra uma ampla reforma administrativa na Casa, Tasso disse que o peemedebista não tem autoridade para condenar os colegas --Salgado não foi eleito para o Senado, era suplente de Hélio Costa (PMDB-MG) que assumiu o Ministério das Comunicações.


"A minha vida, do senador [Eduardo] Suplicy e Cristovam [Buarque] é diretamente relacionada ao pensamento que a opinião pública tem sobre nós. Nós temos sim que prestar satisfação à opinião pública brasileira e agir com humildade. Aqueles que nunca participaram de uma eleição, pensem três vezes antes de pensar sobre a opinião pública", disse Tasso.

Salgado é suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), que deixou o Senado para assumir o cargo no primeiro escalão do governo. O peemedebista ficou conhecido por integrar a chamada "tropa de choque" do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no período em que enfrentou uma série de processos no Conselho de Ética da Casa.

Ao sair em defesa de Sarney, Salgado disse que o presidente do Senado não pode ser responsabilizado pela crise na instituição. "Não há decisão que não passe pelo colégio de líderes e pela Mesa. Vivemos aqui um grande teatro. É uma lua de mel com a derrota. Quem perdeu, continua vivendo com a derrota", disse Salgado.

Tasso, por sua vez, afirmou que "aqueles que não têm compromisso com a opinião pública" por não terem sido eleitos ao Senado não podem julgar os colegas. "Aquele senador que nunca disputou eleição na vida é diferente daquele que defende sua vida com base na opinião pública", afirmou o tucano.

Medidas

Tasso integra o grupo de nove senadores que elaborou nesta quarta-feira um documento com propostas de mudanças na estrutura do Senado Federal. Os parlamentares vão procurar o apoio de outros senadores ao documento, mas prometem apresentá-lo ao presidente do Senado até o final desta semana.

Os senadores esperam que Sarney adote as medidas sugeridas no texto até, no máximo, a semana que vem. Entre as sugestões, está a demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, responsável por assinar parte dos atos secretos editados pela instituição nos últimos anos. Os parlamentares também sugerem que o nome do novo diretor-geral da instituição seja aprovado pelo plenário.

Além de Tasso, integram o grupo os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tião Viana (PT-AC), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO).

Os parlamentares negam a classificação de "grupo ético" e preferem se intitular de "grupo patriótico interessado em discutir o Senado". Os senadores reivindicam, além de mudanças na direção da Casa, investigações conduzidas por um órgão externo do Senado sobre os atos secretos editados nos últimos 14 anos.

O grupo ainda propõe a apresentação de uma proposta de reforma administrativa no Senado, a meta de redução no quadro de pessoal da instituição e a eliminação de "vantagens acessórias" do mandato parlamentar. Outro pedido é a realização de reunião mensal, no plenário da Casa, para a definição da pauta de votações do mês subsequente e a votação de medidas administrativas.
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