O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), afirmou nesta quinta-feira que o PT tem grandes nomes para a disputa ao governo de São Paulo e descartou concorrer à vaga em 2010.

"O PT tem grandes nomes, como o do Emídio [de Souza, prefeito de Osasco], [Eduardo] Suplicy, Marta [Suplicy], Fernando Haddad [ministro da Educação] e [Antonio] Palocci. Eu não, vou ser candidato ao Senado", disse ele no 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo.

Mercadante também comentou a hipótese de o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) entrar na disputa em São Paulo. "O PSB tem todo o direito de oferecer o nome de Ciro. Ele tem história, tem compromissos com o governo Lula. Defendo que o partido [PT] dialogue, construa uma aliança."

O senador afirmou que o PT deve trabalhar por uma candidatura única, mas destacou que se isso não for possível, é legítimo que tenham dois candidatos.

Questionado sobre a sucessão presidencial, ele disse que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, é a candidata do PT. "A nível nacional, é a ministra Dilma, não tem terceiro mandato do presidente Lula. Quando ele estiver se despedindo, vamos ter um sentimento de vazio muito grande e a campanha de Dilma será construída a partir disso, de continuidade."

Senado

Mercadante também comentou o discurso ontem de Lula, que criticou a sequência de denúncias no Senado e saiu em defesa do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

"Ele [Lula] fez um apelo para que a discussão tenha uma responsabilidade, pela importância que o Senado tem."

O presidente afirmou ontem que Sarney tem história no Brasil suficiente "para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum".

Mercadante, por sua vez, defendeu mudanças na Casa Legislativa. "O Senado precisa mudar, assumir seus erros. É inconcebível ter um diretor-geral há 14 anos. Precisa de uma reforma profunda, reduzir gastos, o Brasil quer austeridade."