O tombo que dona Josefina Moreira Neves, 77 anos, escapou por causa do socorro providencial de alunos da Escola Estadual Pedro Gardés, num desnível da calçada, tende a estar com os dias contados. É que a Prefeitura de Várzea Grande lança no segundo semestre o ‘Manual de Acessibilidade e Calçadas’, para padronizar o calçamento das vias públicas, na segunda maior cidade de Mato Grosso. A prioridade é para idosos, deficientes visuais, cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais (PNE).

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Tarciso Bassan Vezzi, explica que a ideia surgiu de discussões com as bases populares e organizações sociais, durante o Seminário Acessiblidade, realizado dias 9 e 10, no auditório do Centro de Eventos de Várzea Gande, com parte das comemorações dos 146 anos de fundação da cidade. Ele assegura que a determinação do prefeito Walace Guimarães (PMDB) é tornar a cidade referência, no segmento.

O Manual das Calçadas vai orienta os moradores da Cidade Industrial sobre construir, manter e conservar as calçadas, como forma inclusive de aumentar a vida útil da pavimentação asfáltica. “Nos bairros, a comunidade vai ter uma grande importância no processo de reurbanização das vias públicas, já que nos locais onde exista meio-fio e asfalto cabe ao morador, o proprietário do lote construir e manter sua calçada”, explica Bassan Vezzi.

A iniciativa da Prefeitura de Várzea Grande é de lançar o Manual de Calçadas como meta de acessibilidade. “Vamos fazer daqui um dos modelos bem sucedidos a ser debatido por arquitetos, engenheiros, acadêmicos de Direito e advogados de todo o Basil, no futuro”, projeta o secretário de Desenvolvimento Urbano”, pontua o secretário.

Entre os problemas de cidadania identificados em Várzea Grande, principalmente para idosos e cadeirantes, está a precariedade e desnível das calçadas. “A ideia é garantir a acessibilidade aos cidadãos, principalmente aos deficientes visuais”.

O Manual vai mostrar como assegurar para cada cidadão condições de ir e vir, rompendo barreiras, eliminando obstáculos e organizando as calçadas de forma que o deficiente possa circular nas vias públicas, sem correr o risco de ser atropelado, ou mesmo de se acidentar tropeçando em caixas coletoras de correios e telefones públicos instalados irregularmente.