A urgência na pesquisa, elaboração e entrega dos projetos que contempla o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), no valor de mais de R$ 370 milhões, levaram a Prefeitura de Várzea Grande a contratar uma empresa, especializada no setor de projetos de engenharia e saneamento, em caráter de urgência, com dispensa de licitação.
As explicações partiram do prefeito Walace Guimarães e do secretário municipal de Governo, Ismael Alves Silva.

Sem licitação, prefeito de VG contrata empresa por mais de R$ 5 milhões

“É prioridade para Várzea Grande: habitação, saneamento e água. Não podemos perder esses recursos”, argumenta Guimarães, lembrando que é a única forma de salvar o Departamento de Água e Esgoto (DAE).

“É um projeto sofisticado e complicado. Não se faz da noite para o dia. E recebemos um prazo muito enxuto do Ministério das Cidades para refazer tudo e elaborar um novo PAC. Se fizéssemos a licitação, somente em burocracia, por certo, levaríamos no mínimo uns três meses e haveria sério risco de perda do PAC 2”, justifica Ismael Alves.

Antes de contratar a empresa, a Procuradoria Geral do Município fez consultas ao Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual, mostrando a situação de Várzea Grande.

O primeiro prazo fixado pelo Ministério das Cidades para entrega do pacote de projetos foi 30 de abril. Depois, por intervenção do governador Silval Barbosa (PMDB), a pedido de Walace, foi prorrogado para 30 de maio.

“Não vamos falar da administração passada. Mas o Ministério das Cidades desqualificou os projetos anteriores, por falta de ‘foco’. Já o nosso mostra a necessidade de investimentos em água, asfalto, habitação, esgotamento sanitário e mobolidade urbana”, enumera Ismael Alves.