Os estados de Mato Grosso e Rondônia podem ficar órfão do Centro de Suporte Operacional (CSO) do Banco do Brasil, que atualmente funciona em Cuiabá e deverá ser transferido para Brasília, a partir de dezembro. Isso acarretará na lentidão no andamento dos processos, elevação do tempo de resposta e condução das propostas.
O CSO é responsável pelo cadastro, fiscalização, estudo de operações de crédito rural e urbano. A transferência do órgão para capital Federal prejudicará principalmente os produtores rurais que dependem de créditos.

Preocupados com as conseqüências da transferência, o vereador Francisco Vuolo (PR) e o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, participam de uma audiência com o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso, Tarcísio Hubner, para discutir o assunto e entender as justificativas.

Somente em 2008, o CSO realizou mais de 45 mil procedimentos, tais como, 21 mil cadastros e atualizações de Pessoa Jurídica (Empresas), 11 mil cadastro e atualizações e operações Rurais, 3 mil análises relacionadas à Agricultura Familiar, mais de 3 mil pelo Pronaf, mais de 2 mil operações relacionadas a Custeio Agrícola, Proger, Capital de Giro, e do Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) e mais de mil outras operações. Sem considerar os diversos suportes telefônicos e atendimentos pessoais às agências.

No entanto, outro problema com o fechamento do CSO em Cuiabá é com relação à transferência de quase 100 funcionários para a Brasília. Segundo Vuolo, a justificativa de redução de custo não é suficiente se analisar “causa benefício” para o Estado.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso já realizou protesto contra o fechamento do Centro e deverá defender a permanência do órgão em Cuiabá durante sessão da Câmara de Cuiabá, nesta terça-feira, quando o presidente da entidade usará a tribuna livre.