Ao que parece, a Delegacia Especializada do Meio Ambiente descobriu uma nova modalidade de transporte de pescado ilegal. Na tarde de sexta-feira interceptou uma carga de 300 quilos de pescado transportada em um avião, no aeroporto de Poconé (104 km ao Sul). O pescado embalado em sacos plásticos foi apreendido junto com a aeronave quando pousou na pista.

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O avião e uma caminhonete que aguardava na pista para fazer o transporte dos peixes provenientes da pesca predatória foram apreendidos também. O dono do pescado, Diormarcos Manoel Fernandes, 42 anos, e o piloto Agamenon Gahyva, 73, foram abordados quando desceram com o avião modelo Cessna 172, prefixo PTCQI, no aeroporto.

A aeronave está no pátio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer) para ser periciada. O pescado está acondicionado em freezer, na Delegacia da Natureza, no Carumbé, e será doado a entidades assistenciais. A caminhonete também será periciada.

Os dois detidos foram autuados em flagrante por transporte de pescado proveniente de pesca proibida, previsto no artigo 34, parágrafo único, inciso III, da Lei nº. 9.605/98. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o delegado explicou que o piloto, mesmo tendo sido contratado para fazer o frete, não se preocupou em tomar nenhuma providência, como conferir documentação, uma vez que a carga era peixe oriundo de pesca proibida.

O delegado avaliou que eles se utilizaram de um avião, dada a cheia do rio na região do Pantanal. Ainda que o suspeito Diomarcos tenha informado à Polícia que seria a primeira vez que utilizava avião para transportar peixes, ele já havia sido detido anteriormente por pesca ilegal.

Os dois foram liberados mediante pagamento de fiança. “A Delegacia vai dar continuidade nas investigações para identificar se há outras pessoas envolvidas, bem como se essa prática de transportar peixes em avião é comum na região”, disse o delegado.