Um grupo de oposição ao prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), pediu nesta segunda-feira ao procurador regional Eleitoral, Néviton Guedes, agilidade nas investigações dos supostos crimes cometidos por Richa em sua campanha de reeleição. Ainda hoje, a oposição encaminhou ofício pedindo audiência com o superintendente da Polícia Federal no Paraná, Maurício Leite Valeixo, para tratar do mesmo assunto.
PT, PMDB, PSC, PMN e PRTB destacaram representantes para conversar com Néviton. Na reunião, o procurador afirmou que a investigação já está em curso e pediu que a oposição entregasse a ele todas as provas a que tiverem acesso.
Ainda hoje, essas legendas encaminharam um ofício pedindo uma audiência com o superintendente da PF. A intenção é a mesma: pedir a PF que redobre os cuidados nas investigações contra o prefeito.
Pressão
Além de conversar com a Procuradoria e a PF, a oposição mobilizou entidades sindicais e movimentos sociais em duas manifestações contra o prefeito nesta segunda-feira.
Às 9h00, alguns manifestantes foram à Câmara Municipal exigir que os vereadores assinem o pedido de instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Eles se concentraram nas escadarias da Câmara pedindo as sete assinaturas restantes para emplacar a Comissão. Até agora apenas seis assinaram: os cinco da oposição (professora Josete, Jonny Stica e Pedro Paulo, do PT; e Algaci Túlio e Noemia Rocha, do PMDB), mais o vereador Julio Sobota, do PSC.
Já às 16h, o protesto será na Boca Maldita, onde serão exibidos alguns vídeos, inclusive os que mostram o coordenador do Comitê Lealdade, Alexandre Gardolinski, distribuindo dinheiro a candidatos a vereador dissidentes do PRTB para que eles desistissem da candidatura e apoiassem Richa.
O caso
A Procuradoria apura as denúncias contidas em um vídeo gravado em 2008 que mostra 24 candidatos a vereador do PRTB recebendo dinheiro não contabilizado pela campanha de Richa. Esses candidatos são suspeitos de desistirem de concorrer para apoiar Richa. O apoio, no entanto, seria recompensado com dinheiro e cargos na prefeitura.
Na eleição, o PRTB se coligou com o PTB, indicando o vice na chapa do petebista Fabio Camargo, derrotado por Richa.
