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Sábado, 27 de abril de 2024

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Para rebater pedidos de afastamento, 17 senadores do PMDB vão declarar apoio a Sarney

Com a movimentação de partidos e senadores cobrando o afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a bancada do PMDB no Senado reagiu e promete divulgar nota nesta terça-feira defendendo a permanência de Sarney no comando da Casa. O documento é assinado por 17 dos 19 parlamentares do partido.


O partido esteve reunido na tarde desta terça-feira discutindo a crise que atinge a imagem do Senado. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) se recusou a assinar o manifesto em apoio a Sarney. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi operado na madrugada para a retirada e não pode comparecer ao encontro.

Ao deixar a reunião o senador Almeida Lima (PMDB-SE) --integrante da tropa de choque do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL)-- classificou de "golpe" os pedidos de afastamento de Sarney.

"Isso é um golpe, uma excrescência. Falar em Sarney deixar a presidência é excrescência política. Essa questão do Sarney ela não existe, isso é bem anterior a ele, isso vem a partir do momento em que o PMDB constituiu maioria nesta Casa", afirmou Almeida Lima.

Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RR), Sarney não pode ser responsabilizado pela crise. "O presidente Sarney não pode ser responsabilizado por atos escusos praticados por servidores. O que se faz necessário é que os partidos políticos com assento na Casa avalizem as medidas tomadas por Sarney", disse.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que presidiu o Senado durante a edição dos atos secretos, também assina o documento, mas afirma que o melhor seria o afastamento de Sarney do cargo para evitaria o desgaste político de Sarney e da instituição. "Eu, primeiro não queria estar nesta situação, mas se estivesse numa situação dessas, eu pelo menos pediria licença mesmo correndo o risco de não voltar ao cargo. Mas é claro que cada um decide a sua maneira", disse.

A pressão para que Sarney se licencie temporariamente ganhou força hoje. O DEM, principal fiador de sua campanha, passou a defender seu afastamento até que as investigações das denúncias sejam concluídas. O PSOL apresentou uma representação contra Sarney pedindo que ele seja investigado no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Ele seria analisado pela edição dos atos secretos. O líder do PMDB também foi alvo da mesma representação.

O partido afirma que Sarney tem sido omisso diante da crise que atinge a imagem da intuição. "Sarney nada fez até o momento, se restringido a discursar sobre o problema afirmando ser uma questão institucional. Não anulou os atos, não tomou medidas saneadoras, deixando de preservar o Senado, bem como a integridade pública", afirma a representação.

O PSOL acusa Renan de não ter tomado medidas para evitar os atos sigilosos. "Não investigou, não sindicou, não anulou os atos, não tomou medidas saneadoras. Enfim, permitiu a continuidade de ilícitos e que prejuízos fossem sofridos, deixando de preservar o Senado", diz o documento.
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