O bicheiro João Arcanjo Ribeiro, apontado como chefe do crime organizado em Mato Grosso, vai continuar preso na penitenciária federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Isso porque, o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de hábeas corpus feito pela defesa para que Arcanjo retornasse para Cuiabá.

Ele foi transferido em outubro de 2007 para Mato Grosso do Sul, após a deflagração da operação "Arrego", pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que comprovou que Arcanjo continuava a liderar o jogo do bicho e de dentro da Penitenciária Central da capital.

O advogado, Zaid Arbid, sustenta que houve ilegalidade na transferência para a Penitenciária Federal, porque teria sido feita sem justificativa e também pelo fato dos advogados não terem sido ouvidos previamente no processo.

Na decisão, o ministro destacou que "no caso, não estão configurados, de plano, os pressupostos autorizadores da concessão da medida liminar. O exame provisório da causa não lhe permite desqualificar os fundamentos adotados pelo acórdão impugando para a denegação da ordem ali impetrada", consta da decisão.

Visita

João Arcanjo esteve em Cuiabá, no dia 17 de junho, para participar de uma audiência na 15º Vara Criminal, no processo de peculato, formação de quadrilha e improbidade administrativa cometidos supostamente por funcionários da Assembléia Legislativa.