O que poderia parecer impossível há 11 anos é o que deverá se concretizar nas eleições de 2010. DEM e PSDB caminhando juntos. Já existe até um acordo entre os dois partidos para que o nome que estiver melhor nas pesquisas será o cabeça de chapa rumo ao governo do Estado.
Isto mostra claramente que os democratas não pretendem manter o arco de aliança responsável por eleger Blairo Maggi em 2006 com a Coligação Mato Grosso Mais Forte. O problema é que até agora o DEM não rompeu com o governo e vive em cima do muro. Não entrega os cargos e ainda faz jogo. Durante o dia é aliado, mas nos encontros à noite, faz oposição liderada pelo cacique Jaime Campos, pré-candidato para sucessão de Blairo Maggi.
No primeiro escalão, o DEM tem Nelgo Egon na Secretaria de Desenvolvimento Rural, Aparecido Alves, na Secretaria de Projeto Estratégicos e o presidente Empaer, Leôncio Pinheiro. O que pesa mais para os democratas é abandonar os cargos de segundo e terceiro escalão. Ao todo são cerca de 200 os cargos ocupados por filiados ao DEM no segundo e terceiro escalões.
No encontro realizado em Cáceres entre DEM, PSDB e PTB ficou claro que a união não tem feito a força nos democratas. Isso porque, os parlamentares estaduais não compareceram ao evento. Gilmar Fabris, sem trava na língua, já adiantou que não concorda com a aliança com o PSDB e avisou que não fará meia oposição.
Fabris também continua defendendo que o partido tenha candidato próprio e aposta em Jaime Campos. O senador teve uma conversa com Blairo Maggi apontou suas insatisfações com o governo, mas mesmo assim, preferiu não romper de vez.