A parceria já dura quatro anos. No GP da Alemanha, que será disputado domingo, em Nurburgring, Rubens Barrichello e Jenson Button chegam à marca de 62 finais de semana como companheiros de time.

Pela primeira vez, no entanto, o piloto brasileiro se encontra em desvantagem frente ao escudeiro tanto em posições de largada quanto de chegada.

Pior para Barrichello. A queda de rendimento ocorre justamente no ano em que ambos pilotam um carro vencedor.

"O Jenson teve um começo de ano notável, sem muitas explicações conseguiu ótimas vitórias", falou Barrichello sobre o início arrebatador do parceiro, que venceu seis das oito etapas e abriu 23 pontos de vantagem sobre ele na classificação.

"Tive problemas nos freios, não consegui usar a calota traseira, o que me fazia perder um décimo por volta, me classifiquei poucos milésimos atrás dele em muitas provas... Mas sem choradeira. Cheguei atrás, e a intenção é que isso não aconteça mais", completou.

Com o placar de posições de largada em 2009 em 6 a 2 para Button e o de chegada em 7 a 1 para o inglês, Barrichello diz esperar em Nurburgring dar sequência ao bom resultado de Silverstone, quando começou e terminou à frente do escudeiro pela primeira vez no ano.

A primeira chance será hoje, às 9h (de Brasília), no treino que define o grid do GP alemão.

"O momento não está bom pra ele. A Red Bull está bem, as preocupações são maiores. Agora entra a minha parte, minha experiência", disse.

Se hoje esse placar é desfavorável ao brasileiro, as coisas já foram diferentes no passado.

Até o início do ano, quando a Honda virou Brawn, Button e Barrichello tinham resultados bastante parelhos a esta mesma altura do campeonato.

Em 2006,quando a Honda teve o melhor desempenho em sua segunda passagem pela F-1 --terminou o Mundial de Construtores em quarto--, a dupla estava empatada ao chegar ao Canadá para a nona corrida.

Cada um havia largado quatro vezes na frente do companheiro, assim como completado as provas. Button, porém, levava vantagem na classificação, com três pontos à frente.

Em 2007, quando o time terminou o ano com seis pontos --todos do inglês--, a situação era parecida. A dupla vinha empatada em postos de partida, mas Barrichello levava vantagem nas corridas, tendo chegado à frente seis vezes.

Ainda assim, vinha atrás na tabela, sem pontos, enquanto Button havia abocanhado um.

No Mundial de 2008, a história se repetiu. Igualados no grid (4 a 4), o brasileiro mais uma vez tinha vantagem na hora da bandeirada: 4 a 3 --nenhum completou o GP de abertura. Mas, pela primeira vez, Barrichello tinha mais pontos: 5 a 3.

Se depender do retrospecto na pista alemã, o brasileiro pode se animar. Apenas uma vez Button classificou-se à frente. Em GPs, nunca levou a melhor.

Equilíbrio

Apesar do frio que fez ontem em Nurburgring, a Red Bull não ficou tão à frente da Brawn GP nas sessões de treinos livres. Pela manhã, Mark Webber foi o primeiro, seguido por Jenson Button. À tarde, Lewis Hamilton foi o mais veloz, com Sebastian Vettel, da Red Bull, em segundo e Button em terceiro.

"Estamos mais competitivos do que estivemos em Silverstone em comparação à Red Bull", disse o líder da F-1.