Segundo porta-voz, garota apresentava quadro de infecção generalizada.
Apesar de não desconfiar da nova gripe, hospital diz que ela foi isolada.

Antes de ser internada no hospital, no dia 28 ela foi a um serviço de saúde por apresentar dor abdominal, vômito e febre. No dia seguinte, voltou ao mesmo local, mas desta vez com febre de 39 graus, tosse, dores no corpo e vômito. Depois de medicada, foi liberada.

No último dia 30, ela deu entrada no hospital Sino-Brasileiro com infecção generalizada. Ela chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu a uma parada cardíaca. “Seguimos o protocolo preestabelecido pela Vigilância Epidemiológica que visa o isolamento de todos os pacientes com quadro de doença infecciosa”, disse Lavieri.

“Todos os que estavam próximo dela a encararam como uma paciente potencialmente contaminante. Por isso, ela foi isolada rapidamente”, acrescentou. A hipótese de a menina ser vítima da nova gripe não havia sido levantada em um primeiro momento. “Ela apresentava sintomas até de meningite”, completou o médico.

O caso da garota, no entanto, só foi descoberto depois que o irmão, de 7 anos, apresentou sintomas da nova gripe durante o velório dela, levantando suspeitas da família. Ele foi levado ao Hospital Emílio Ribas, onde foi constatada a contaminação.

A infecção pela nova gripe também foi confirmada na mãe, de 40 anos, e no pai, de 57. O garoto e a mãe passam bem, já tiveram alta e estão em isolamento domiciliar. O pai permanece internado no hospital Emílio Ribas. Hipertenso, está com um leve desconforto respiratório, mas passa bem.

Outro menino que manteve contato com a família também contraiu a nova gripe, mas passa bem. A avó e três primos da menina estão com sintomas do vírus e aguardam resultado de exames laboratoriais.

Tratamento

Apesar da fatalidade, o gerente-médico nega uma mudança no modo como são tratados os pacientes com suspeita de ter contraído a nova gripe. “Seguimos a orientação da Secretaria de Estado da Saúde. Eles nos informam as diretrizes a serem seguidas.”

Tais diretrizes são dinâmicas. Como exemplo, ele cita novos procedimentos ao longo dos últimos meses. “No começo, quem estava com suspeita era logo encaminhado ao Emílio Ribas ou ao Hospital das Clínicas. Depois, passaram a credenciar outros hospitais, particulares, para o tratamento”, lembrou.

Preocupação

A Secretaria Municipal de Saúde de Osasco informou, por meio de nota, que não há motivo para alarde. A pasta afirma que “não existem casos confirmados, e nem suspeitos, da gripe A no bairro onde a família mora e também onde fica localizada a escola frequentada pelas crianças”.

Ainda conforme a secretaria, a orientação para vizinhos é a mesma para a população em geral. “Quem apresentar sintomas graves da gripe, principalmente febre alta, que não cede sob uso de antitérmicos, deve procurar qualquer unidade de saúde, onde receberá toda a orientação necessária.”

A nota termina reiterando que a rede de saúde municipal está preparada para atender possíveis novos casos da doença.