O dia de ontem foi de consternação para os empresários que tiveram seus estabelecimentos destruídos pelo fogo, na noite de segunda-feira (20), no centro de Rondonópolis. Depois de assistirem atônitos à destruição de suas lojas pelas chamas e o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, os empresários puderam, somente hoje, avaliar de perto os estragos e pensar nas decisões futuras.

Proprietário da Selaria São José, Rosenil José Manhani, de 50 anos, aguardava em frente a sua loja a chegada do caminhão muck para o início da demolição. Muito abalado e na companhia de familiares, o comerciante disse ao Olhar Direto que pretende recomeçar.

O seguro de sua empresa, explicou ele, não cobre prejuízos causados por incêndio. O comércio, que vendia trajes de montaria, chapéus de couro e outros artigos, existe há 47 anos e foi criado pelo pai de Rosenil, que dirigia a loja há 16.

O proprietário do Lojão do Povo não estava no local hoje à tarde. Ele esteve na loja, mas foi levado para casa por familiares, pois estava muito abalado. Um sobrinho e funcionários faziam a limpeza do local, na loja da Avenida Rio Branco, onde a entrada estava permitida.

Tiago Martins, diretor de compras e um dos donos da loja Flamboyant, disse ao Olhar Direto que hoje o dia foi para realizar checagens elétricas e de edificações no estabelecimento. O empresário esclareceu que, até o momento, não foi encontrada nenhuma avaria causada pelo fogo que destruiu os outros comércios.

“O prejuízo que tivemos foi fechar a loja hoje para fazer todas as checagens e arrumar tudo”, contou ele. Tiago aproveitou para agradecer a todos – amigos, funcionários e desconhecidos – que ajudaram, na noite de ontem, retirar as mercadorias da loja para evitar maiores estragos, caso o fogo se alastrasse ainda mais. “Enchemos quatro caminhões”, disse o empresário. A reabertura da loja será amanhã, caso não seja encontrado nenhum problema, explicou o diretor.

Conforme informações do coordenador do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), Lucídio Rondon, as causas do incêndio estão sendo apuradas pela Polícia Civil e o laudo será entregue pela Polícia Técnica (Politec) em até 90 dias, a partir da data do Boletim de Ocorrência, que até o final da tarde de hoje não havia sido registrado.