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Domingo, 12 de maio de 2024

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Tucano diz que sociedade espera julgamento de Sarney; PSDB entra amanhã com representação

O vice-líder do PSDB no Senado, senador Álvaro Dias (PR), disse nesta segunda-feira que a sociedade espera um julgamento político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), envolvido em denúncias de nepotismo e tráfico de influência. O PSDB deve protocolar amanhã a segunda representação contra o peemedebista no Conselho de Ética.


Questionado sobre se o PSDB espera a cassação do presidente do Senado, Dias afirmou: "A representação tem esse objetivo [cassação]. É a punição mais severa, mais rigorosa. Há uma exigência da sociedade e não responder é comprometer a credibilidade da instituição".

Segundo o tucano, é melhor que ocorra uma "injustiça" com Sarney do que com o Senado. "Um julgamento político prescinde da prova material. Mas elas existem neste caso, gravações telefônicas se constituem em prova material já que foram autorizadas judicialmente. O julgamento político não pode prescindir de indícios relevantes, eles existem no caso e sobretudo o que existe é a responsabilidade de preservar o Senado. Podemos correr o risco de cometer injustiça com qualquer senador, mas não podemos cometer injustiça com a instituição Senado", afirmou.

Dias afirmou que o PSDB vai centrar esforços para resolver a situação no Conselho de Ética. "No plenário do Senado é mais complicado porque o voto é secreto. Tem um fator que deve ser considerado. Teremos eleições no próximo ano. Os senadores percorreram suas bases nestes dias de recesso e perceberam a grande indignação popular, não há como superar essa crise sem a solução desse impasse que convergiu para a figura do presidente Sarney", disse.

Sarney é alvo no Conselho de Ética de três denúncias apresentadas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e uma representação do PSOL. Segundo Dias, a iniciativa de propor a representação é para aumentar a pressão em torno dos aliados do presidente do Senado no colegiado. "A representação tem mais força", afirmou.

Desativado desde março, o conselho foi reativado na semana passada e está nas mãos dos aliados de Sarney. O presidente do colegiado, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), integrante da tropa de choque do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), já sinalizou que pode arquivar as denúncias. O presidente do conselho tem a prerrogativa de rejeitar sumariamente todas as denúncias.

As denúncias podem ser apresentadas individualmente por parlamentares ou cidadãos e pedem apenas que o conselho investigue. Já a representação pede a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar e só pode ser oficializada por partidos.
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