Chega a 101 o número de assassinatos registrados no período compreendido em apenas 81 dias (entre janeiro até 21 de março de 2016) em Cuiabá e Várzea Grande. Este mês, os dados revelam 25 execuções sendo 18 na capital do Estado e outras sete no segundo maior município de Mato Grosso.
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Em fevereiro passado - considerado o mês mais violento dos últimos cinco anos, de acordo com dados oficiais da Polícia Civil - foram 41 execuções. Janeiro de 2016 ‘fechou ‘com saldo de 38 mortes, superando 2015, em que se registrou 35.
Somente na última segunda-feira, foram registrados três execuções. No bairro Ipase, em Várzea Grande, o empresário Renato Cury, de 44 anos, foi morto com um tiro na cabeça em frente à residência da ex-mulher. O atual companheiro dela é apontado como principal suspeito.
No bairro Tijucal, em Cuiabá, o comerciante Wanderley Borges Queiroz, 31, foi morto em frente a um bar de sua propriedade. Ele foi atacado por dois homens que passaram em frente ao local atirando. Não há registro de discussão. O crime foi registrado por volta das 23h.
Pela manhã, no bairro Doutor Fábio II, o corpo de Cleiton Miranda, de 25 anos, foi encontrado nas imediações de um lixão. O rapaz – que estava sem documentos – foi executado com várias pancadas na cabeça e apresentava inúmeras perfurações pelo corpo, e um indicativo de que possa ter sido torturado.
Ações
Para combater a criminalidade, a Secretaria de Segurança Pública desencadeou a operação Carga Máxima, responsável por inúmeros cumprimentos de ordens judiciais. Neste mês, a força-tarefa contou até mesmo com o fechamento das delegacias para que cerca de três mil policiais civis fossem empregados em uma série de ações coordenadas por todo Estado.
Ainda para melhorar a segurança do Estado, o governo anunciou a realização de novo concurso público para área.
Serão disponibilizadas 2.442 vagas na segurança pública do estado. As vagas abertas devem abranger as polícias Militar e Civil, além da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Ao todo, serão 1.200 vagas para soldado da Polícia Militar, 1.200 vagas para a Polícia Civil – sendo 900 vagas para investigador e 300 vagas para escrivão – e 42 vagas para técnico de necrópsia na Politec.
Ao assumir o governo, Pedro Taques (PSDB) informou que se deparava com uma precária estrutura para a área, com déficit de servidores e logística. Em um ano de gestão, mais de 200 viaturas foram entregues às forças policiais.