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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Notícias | Educação

'Karabom' forma bons alunos e atletas em Rondonópolis

Numa tarde de quarta-feira, Vilma Ferreira Domingues confecciona, minuciosamente, uma peça em crochê. Sentada ao lado de outras mães, sua atenção e zelo estão divididos entre a peça e seu filho, Jhony Mendes Vieira, de 8 anos. Há dois meses, o garoto decidiu fazer karatê. Desde então, Vilma o acompanha em todas as aulas. “Minhas tardes já não são as mesmas”, afirma.


Três vezes por semana, Jhony e outros dois mil alunos se reúnem para praticar karatê. O pólo principal é o 3º Batalhão de Bombeiros Militar de Rondonópolis. Os professores são os próprios bombeiros da corporação. O pagamento pode custar caro, afirma um dos professores, o soldado BM Etevaldo Santana Rego.

De acordo com o comandante do 3º Batalhão de Bombeiros Militar, major BM Vanderlei Bonoto Cante, o rendimento escolar das crianças e adolescentes é acompanhado pelos professores de Karatê. “Quem tem nota boa fica, quem não tem, deve deixar o esporte para ter mais tempo para estudar”, explica.

Desde que surgiu, em 1999, o “Projeto Karabom” vem trazendo disciplina e complemento educacional a alunos da rede estadual e municipal de ensino da cidade. No início, apenas crianças em idade escolar podiam se matricular, mas a repercussão das aulas já leva alunos de até 60 anos aos tatames. Hoje, turmas nos períodos matutino, vespertino e noturno treinam em oito pólos espalhados pelo município.

Apesar do pagamento ser o bom rendimento escolar, ainda não foi preciso expulsar nenhum aluno da turma porque, segundo o professor Bonoto, eles aprendem a ter concentração, perseverança e responsabilidade com a arte marcial e aplicam isso em toda vida, inclusive nos estudos.

Em desenvolvimento há dez anos, o projeto já revelou vários talentos. Caio Pessoa de Oliveira, 12 anos, treina com os alunos do Karabom e conquistou o vice-campeonato brasileiro de Karatê na categoria Komitê (luta). O projetou formou vários alunos que iniciaram na faixa branca, chegaram à faixa preta, e já atuam como professores.

Há 3 anos no projeto, Jonathan Lynn, 12 anos, é um dos alunos que possui acompanhamento da família durante os treinos. O garoto, que está na faixa verde, se considera um iniciante e faz vários projetos para o futuro. “Quero ser professor de Karatê e faixa preta. Sei que ainda falta muito, mas vou treinar muito para chegar lá”, finaliza.

EXPANSÃO - Em 2009, as atividades Karabom estão sendo ampliadas. O bom desempenho de professores e alunos fizeram o projeto ganhar incentivo financeiro do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Proansci), do Ministério da Justiça. A verba de 300 mil reais será viabilizada ao projeto que também atua na prevenção à violência.
A intenção é dobrar o número de alunos nos próximos meses. “Por meio do apoio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública e das parcerias com a prefeitura e outras entidades pretendemos chegar a 4 mil alunos”, afirma o comandante do 3º Batalhão de Bombeiro.
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