A pista de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, recebe os principais pilotos do cenário nacional neste final de semana, com a realização da sétima e penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross. Comparado a uma montanha russa, o circuito possui 1.620m de extensão em um terreno acidentado que chega a até 119m de altitude  e é um dos mais técnicos do calendário.

As dificuldades da pista, somadas ao chão duro, conquistaram pilotos como o mineiro Swian Zanoni, que corre nas categorias MX1 e MX2 pelo Team Honda. “É a minha pista preferida. Cachoeiro fica a apenas duas horas e meia da minha cidade natal, Divino, e sempre muita gente conhecida vai torcer por mim. Tenho facilidade de correr lá, pois estou acostumado com as pistas montanhosas, cheias de subidas e de descidas. O terreno é duro, o que também me favorece”, contou o piloto.

Um dos pontos mais radicais da pista é o íngreme tobogã. “A primeira vez que corri em Cachoeiro fiquei assustado quando cheguei lá em cima. Certamente este é o ponto forte da pista, onde é preciso não se intimidar e ter muita confiança”, continuou Swian.

Fernando Dalmas, o Fernandão, construtor de pista responsável pelo circuito de Cachoeiro, disse que o piloto chega a até 80km/h no tobogã. “A moto, principalmente na suspensão, e o piloto sofrem grande pressão neste trecho e quando chegam na baixada. A reação é mesmo parecida com a de uma montanha russa, por isso é preciso ter controle absoluto do equipamento, habilidade e muito condicionamento físico. A cada dois, três segundos os pilotos estarão em altitudes completamente diferentes na pista”, alertou.