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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Fogo cruzado

Lina depõe à CCJ do Senado; Lula desafia ex-secretária a mostrar prova contra Dilma

Foto: Terra

Lina depõe à CCJ do Senado; Lula desafia ex-secretária a mostrar prova contra Dilma
A ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira vai prestar depoimento nesta terça-feira à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A oposição aproveitou um cochilo dos governistas e conseguiu aprovar convite para que ela fale à comissão, e Lina mostrou disposição em comparecer ao depoimento.


Lina terá de esclarecer o suposto encontro que teve com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), em que a petista teria pedido para acelerar a investigação contra as empresas da família Sarney, e explicar o método tributário adotada pela empresa em 2008, que teria causa prejuízo aos cofres da União.

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A oposição vai apresentar pedido de acareação da ex-secretária com a ministra. O pedido, porém, só será protocolado se Lina confirmar no depoimento que recebeu de Dilma o pedido para agilizar as investigações.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) já preparou requerimento com o pedido de acareação, mas vai esperar Lina depor à CCJ para definir a sua estratégia de atuação.

A oposição não descarta apresentar apenas pedido de convocação de Dilma, sem acareação, caso Lina não seja incisiva nas suas acusações contra a ministra. "A acareação acabaria com o dito pelo não dito. Dependendo do depoimento da Lina, vamos apresentar o requerimento [de acareação]. Vamos apresentá-lo se a ex-secretária confirmar os fatos e a ministra continuar desmentindo", afirmou.

A oposição também quer ter acesso, no Senado, às imagens captadas pelo circuito interno da Casa Civil no dia em que Lina teria se encontrado com Dilma --uma vez que a reunião foi negada pela ministra.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) pediu para ter acesso às imagens, assim como às planilhas dos automóveis que passaram na Casa Civil entre novembro e dezembro do ano passado, quando teria ocorrido o encontro. O deputado ainda pediu informações sobre uma "agenda paralela" de Dilma, que não incluiria os encontros oficiais.

Denúncia

Segundo reportagem da Folha, a ex-secretária da Receita disse ter sido chamada para um encontro a sós com Dilma em dezembro do ano passado para agilizar as investigações fiscais nas empresas de familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

No encontro, a ministra teria pedido que a investigação fosse concluída rapidamente.

A ex-secretária diz ter interpretado o pedido como um recado para encerrar a investigação. Na reportagem da Folha, a ministra já havia dito por meio de sua assessoria que "jamais pediu qualquer coisa desse tipo à secretária da Receita Federal".

Desafio

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou a ex-secretária a mostrar sua agenda para provar o encontro que supostamente teria tido com a ministra. Lula afirmou que não é "mexeriqueiro" para confirmar se houve ou não o encontro e reclamou que o assuntou tomou proporções maiores do que deveria.

"Seria tão mais simples e mais fácil se a secretaria mandasse a agenda que encontrou com a Dilma. Não precisaria gastar dinheiro, pagar passagem ou ir ao Congresso. Era só pegar as duas agendas e ver o que aconteceu. Toda vez nesse país que se começa a fazer Carnaval com as coisas que não dão samba, as coisas vão ficando cada vez mais desacreditadas na opinião pública. Qual a razão que essa secretária tem para dizer que conversou com Dilma e não mostrar a agenda. Se as duas se encontraram é só ver a agenda. A Dilma já disse que não teve agenda com ela. Só tem um jeito de saber, abrir a mala que ela levou a agenda e mostrar para todo mundo", disse.

O presidente se mostrou constrangido com a pergunta dos jornalistas, já que estava acompanhado da ministra no momento, e reforçou indiretamente que a ex-secretária teria mentido sobre a orientação para investigar as empresas da família do presidente do Senado. Dilma acompanhou Lula durante agenda com o presidente do México, Felipe Calderón.

"A Dilma já disse que não tem agenda com ela. Como não sei da vida das duas e não tenho propensão a ser mexeriqueiro como dizem no Nordeste brasileiro. Ou seja, se as duas se encontraram e só ver a agenda e não precisa fazer um cenário de crise entre duas pessoas que conversaram desnecessariamente. Eu sinceramente acho que o país tem coisa mais séria para discutir, tem conversas mais sérias que o Brasil gostaria de saber. O Brasil tem coisas mais sérias que esse assunto. Acho uma pobreza muito grande um assunto como esse estar na pauta da política brasileira", afirmou.
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