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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Tarso diz que Dilma falou a verdade ao negar encontro com Lina

O ministro Tarso Genro (Justiça) saiu em defesa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) nesta terça-feira ao afirmar que, mesmo que ela tenha pedido para a Receita Federal agilizar as investigações sobre familiares do senador José Sarney (PMDB-AP), a prática não deve ser condenada na administração pública federal. Tarso disse, porém, ter convicção de que Dilma fala a verdade ao negar o seu encontro com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.


"Essas questões menores adquirem uma certa relevância. Eu conheço a Dilma há décadas, se ela disse que não falou, eu tenho absoluta certeza e convicção que ela não falou", afirmou.

Tarso classificou de "bobagem" a proposta da oposição de realizar acareação de Dilma com Lina para que as duas apresentem suas versões sobre o encontro. "Acareação de que? Acareação se faz quando tem alguma coisa grave, algum delito, algum problema", afirmou.

Na opinião do ministro, o tema ganhou proporções maiores do que deveria ter no país. "Casos como esse da Lina Vieira são normais no processo democrático. Isso já ocorreu em outras circunstâncias com outros governantes. Não é uma agenda valorosa, importante para o país. Se falou, se não falou, é agenda pequena. Se falasse, seria natural. Ela poderia ter dito para apressar a investigação, fazer investigação profunda, rápida, que isso é importante para discutir. Por que ela teria concluído que seria um pedido de sufocamento da investigação?", afirmou.

Tarso citou o seu próprio exemplo ao afirmar que já recebeu pedidos de informações referentes a investigações sigilosas da Polícia Federal e deu o andamento necessário.
"As pessoas chegam para o ministro e dizem: olha, tem um inquérito que está andando em tal lugar, esse inquérito está demorando demais, eu estou sendo perseguido pelo delegado. Eu disse: bota no papel e me manda que eu aciono a Corregedoria para ver se isso está efetivamente acontecendo. Este fato das pessoas se comunicarem ou perguntarem alguma coisa que está em andamento é uma coisa normal na função pública."

O ministro negou, porém, que tenha recebido algum pedido nas investigações que envolvem familiares do senador José Sarney (PMDB-AP) na Polícia Federal. "Casos como esse da Lina Vieira são normais no processo democrático. Isso já ocorreu em outras circunstâncias com outros governantes", disse.

Acusação

A ex-secretária da Receita acusa a ministra Dilma de ter lhe pedido, no final do ano passado, para agilizar investigações referentes a familiares do senador Sarney. Lina Vieira disse que interpretou o pedido como uma determinação para o encerramento das investigações sobre o filho de Sarney. Em depoimento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado nesta terça-feira, a ex-secretária confirmou a versão de que Dilma lhe fez esse pedido --como revelado em entrevista à Folha.
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