Nas últimas semanas, ao menos sete agências bancárias foram alvos de bandidos em Mato Grosso. Em Cuiabá, os criminosos ficaram três dias nas dependências do banco e fugiram levando R$340 mil. No interior do Estado, também houve cerco policial de 12 horas e confronto, que resultou em duas mortes.
O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana de Souza, afirmou ao
Olhar Direto que “os integrantes destas associações criminosas são “aventureiros” que, na ilusão de conseguir dinheiro fácil, se arriscam nessa modalidade criminosa”.
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No domingo, 23, quatro homens que supostamente saíram de Cuiabá para cometer um roubo a uma agência do bando do Brasil na cidade de Campos de Júlio (570 km de Cuiabá) trocaram tiros com a Polícia Militar, torcaram tiros com a Polícia MIlitar e acabaram sendo presos na madrugada deste domingo (23).
Já na noite de quarta-feira (8 de agosto), mais uma agência do Banco do Brasil foi alvo de uma tentativa de assalto. Desta vez, o fato foi registrado em Campo Novo do Parecis (390 quilômetros de Cuiabá). A Polícia Militar da região foi acionada e cercou o local durante várias horas. Buscas foram feitas, mas o criminoso conseguiu fugir.
Na tarde do mesmo dia, quarta-feira (8), José Bonifácio Nascimento de Barros, 34 anos e Roney Matos de Oliveira, 22 anos, morreram em um confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), no Distrito de Catai, a 30 quilômetros de Juara (694 quilômetros de Cuiabá). Os dois eram membros do grupo que tentou assaltar uma agência do Banco do Brasil, localizada em Brasnorte. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, a equipe do Bope estava na região ainda buscando pelo restante do grupo que tentou assaltar o banco. Cinco municípios estavam com reforço policial, sendo eles: Brasnorte, Itaporã, Juara, Americana do Norte e Porto dos Gaúchos.
Na última terça-feira (7), após mais de 12 horas de cerco policial em torno da agência do Banco do Brasil, localizada em Brasnorte (575 quilômetros de Cuiabá), a Polícia Militar conseguiu prender seis pessoas envolvidas na tentativa de roubo ao local. Todos foram pegos utilizando armas, coletes e com os equipamentos utilizados para arrombamentos.
Um dos presos é o dono de uma residência na cidade que teria dado cobertura ao bando. Foram pegos pela polícia: Janderson Jales da Silva, 23 anos; Eriely Cristina dos Santos Assis, 24; Weberton Bruno Mendes Soares, 31; Thiago da Silva Pacheco, 19; Alexandre Martins Oliveira, 23 e Pedro Rodrigues de Oliveira, também de 23 anos. Com os bandidos foram apreendidos mais de R$ 14 mil reais e 50 cheques, um deles no valor de R$ 30 mil, armas e munições.
Dois dias após a prisão da quadrilha, uma agência do Bradesco localizada na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no bairro Shangri-lá, em Cuiabá, acabou invadida pelos fundos. Os bandidos, de acordo com a PM, invadiram o local pelos fundos e conseguiram adentrar a agência depois de quebrarem uma parede. No entanto, nenhum valor chegou a ser levado do estabelecimento bancário. Quatro homens foram presos.
Em Cuiabá, um assalto ao Banco do Brasil, localizado na Avenida Getúlio Vargas, foi alvo de criminosos que ficaram ao menos três dias nas dependências do local. A ação criminosa teria sido iniciada no dia 29 de junho. Porém, os bandidos só teriam sido descobertos dois dias depois. Após efetivar o crime, eles também teriam deixado um bilhete em tom de ironia. “Muito obrigado pela gentilesa (sic)”, diz o bilhete.
Quatro dos cinco investigados pelo assalto foram presos durante a ‘Operação Vendaval’. Eles estavam com parte do dinheiro roubado e também com veículos de luxo comprados com o montante levado. Lucas de Souza Ferreira, conhecido como ‘Lukinha’, seria o líder do bando e já teria se envolvido em outros crimes do mesmo tipo. Foram presos nesta sexta-feira: Lucas de Souza Ferreira (Lukinha); Soniel Alves Cordeiro; Matheus Andre de Jesus Leoncio e Nicolas Caldas dos Santos Fuji (Japão).
O titular do GGCO pontuou que no primeiro semestre do ano foram deflagradas algumas operações visando à desarticulação de associações criminosas, que atuam no furto de bancos no Estado.
“No decorrer das investigações desempenhadas pela GCCO, bem como em razão do trabalho integrado realizado com a Polícia Militar, foram efetivadas cerca de 50 prisões de indivíduos vinculados ao furto/roubo de estabelecimentos bancários em todo o Estado. Eh importante ressaltar, ainda, que grande parte das ocorrências registradas no ano de 2018 foram na modalidade tentada, ou seja, os criminosos não lograram êxito em acessar o cofre da agência, inexistindo qualquer retorno financeiro à associação criminosa pelo crime cometido”, declarou.
O delegado também destacou as operações Camaleão (04/05/18) e a Operação Vendaval (03/08/18), deflagradas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado.
“Ademais, é possível afirmar que os integrantes destas associações criminosas são “aventureiros” que, na ilusão de conseguir dinheiro fácil, se arriscam nessa modalidade criminosa, mas que na maioria das vezes não obtém sucesso no resultado pretendido e, aqueles que não são presos em flagrante ao tempo do cometimento do crime, são identificados no decorrer da investigação criminal”, finalizou.
