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Domingo, 19 de maio de 2024

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Operação Bengala

Agenciador preso pela PF é aposentado da Câmara de VG

Foto: Kelly Martins/Olhar Direto

Superintendente da PF, Oslaim Miranda, e a gerente do INSS de Cuiabá, Lueci Rosa da Silva, explicam fraudes previdênciários

Superintendente da PF, Oslaim Miranda, e a gerente do INSS de Cuiabá, Lueci Rosa da Silva, explicam fraudes previdênciários

O despachante e agenciador conhecido como Mário Bengala, preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira por fraudes em benefícios previdenciários na Grande Cuiabá, é ex-candidato a vereador e funcionário aposentado da Câmara de Várzea Grande. Ele recebia benefício da Previdência Social como deficiente físico, desde 1996, e utilizava muletas nas perícias médicas. Da mesma forma, ele induzia diversas pessoas na ação fraudulenta. Mário Bengala e a esposa, cujo nome não foi revelado pela PF, foram presos por formação de quadrilha, já que a mulher o auxiliava na condução das pessoas para médicos assistentes e peritos do INSS.


O superintendente da PF, Oslaim Miranda, disse que  que Mário Bengala recebia a aposentadoria da Câmara e do INSS, que lhe rendia dois salários mínimos por mês. No entanto, ele tinha uma vida financeira de R$ 4 mil mensais, sendo proprietário de duas casas e outros imóveis. 


Dois médicos assistentes forneciam atestados para pessoas que simularam supostos problemas psicológicos e ortopédicos junto a perícia médica do INSS. Elas eram orientadas a contribuir no mínimo 12 meses para adquirir a qualidade de segurado e carência para o benefício de auxílio-doença ou readquirir mediante quatro contribuições (1/3 da carência do benefício) possivelmente já sendo portadora da doença.

Segundo Oslaim Miranda, pelo menos 35 pessoas estariam recebendo o benefício com indícios de irregularidades, sendo que 11 serão ouvidas entre hoje e amanhã. O rombo estimado nos cofres públicos é de aproximadamente R$ 600 mil.

Há indícios ainda, de acordo com o superintendente, de envolvimento no esquema de um médico perito e uma servidora da Previdência. “Estamos investigando a atuação dos dois servidores, mas ainda não foi comprovado”, declarou Miranda.

Mário Bengala e sua esposa acompanhavam as pessoas beneficiadas nos consultórios dos médicos assistentes e na perícia médica do INSS. Para intermediação dos benefícios o beneficiário deveria pagar R$ 100,00 pela consulta e obtenção do atestado/laudo médico ideologicamente falso e 20% da renda do benefício mensalmente até que consiga aposentadoria. As investigações duraram cerca de 10 meses e foram motivados por denúncia anônima feita junto a Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários em Cuiabá.

Investigação

A gerente do INSS de Cuiabá, Lueci Rosa da Silva, disse que o suposto envolvimento dos funcionários serão investigados.
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